Economia

Itaú projeta crescimento de 2,3% para o PIB, mas nem tudo são flores; confira

29 maio 2024, 11:39 - atualizado em 29 maio 2024, 11:39
pib brasil xp projeções
Expectativa é de que efeitos de tragédia no Rio Grande do Sul comecem a ser sentidos no segundo semestre (Imagem: Unsplash/Firmbee.com)

O Itaú atualizou suas projeções para o Produto Interno Brasileiro (PIB), enquanto aguarda pela divulgação dos dados do primeiro trimestre de 2024 (1T24) na próxima terça-feira (04).

A estimativa é de crescimento do indicador de 0,7% ante o trimestre anterior, com avanço anual de 2,3% para o PIB, enquanto boas notícias são esperadas para o setor de serviços e más para o setor agropecuário.

Apesar do aumento ante o trimestre anterior, quando o registro do PIB foi de 2,1%, o dado está abaixo do primeiro trimestre do ano passado, quando houve crescimento de 4,2%.

A expectativa de aumento é baseada no pagamento extra de precatórios, liberados pelo governo federal no final de 2023, e reajuste de benefícios sociais vinculados ao salário-mínimo.

“Surpresas positivas nos indicadores mensais ao longo do primeiro trimestre, em particular no varejo e nos serviços prestados às famílias, corroboram a nossa visão de que a economia começou o ano mais aquecida”, afirma o Itaú.

Agro pode observar queda na leitura do PIB

Para o setor agropecuário, a projeção é de queda de 2,2%, ante 0,0% no 4T23, ocasionado pelas diminuições nas produções de soja e milho em comparação com as produções realizadas no ano passado.

Enquanto isso, o setor de serviços pode observar um crescimento anual de 2,9%, ante alta de 1,9% no quarto trimestre do ano passado, enquanto a demanda agregada também observa destaques positivos.

É esperado que haja alta de 4,2% no consumo das famílias, em comparação com o 4T23, impulsionado pelo desempenho do mercado de trabalho, ambiente positivo das concessões de crédito e aumento da renda, segundo o Itaú.

Segundo o banco, “Para o ano fechado esperamos um crescimento de 2,3% considerando um começo de ano mais forte, mas com a economia desacelerando no segundo semestre”.

O relatório, assinado por Natalia Cotarelli e Marina Garrido, afirma que a projeção atual não incorpora os efeitos das chuvas intensas que atingiram o Rio Grande do Sul e que devem aparecer nos dados a partir de maio.

“A tragédia aumenta as incertezas acerca do crescimento do PIB no 2T24, trazendo viés negativo para a nossa projeção do ano”, afirmam, considerando impacto de redução de 0,3 ponto percentual para o PIB 2024.

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar