Itaú (ITUB4), Porto Seguro (PSSA3) e mais: 10 ações para investir em maio, segundo a Empiricus Research

A Empiricus Research realizou duas alterações em sua carteira recomendada de ações para maio. Deixaram o portfólio Direcional (DIRR3) e Raia Drogasil (RADL3), e entraram em seus lugares Cosan (CSAN3) e Grupo SBF (SBFG3).
Os analistas Felipe Miranda e Larissa Quaresma, que assinam o relatório, explicam que as duas novas integrantes, já conhecidas da seleção, retornam com o objetivo de ampliar a sensibilidade ao cenário de juros — especialmente diante da expectativa de encerramento do ciclo de alta da Selic.
Segundo a casa de análises, os dois papéis oferecem pontos de entrada atrativos. Além disso, a troca representa uma realização parcial de lucros, já que a Direcional acumulava valorização de 145% desde sua entrada na carteira, enquanto Raia Drogasil subia 10% em apenas dois meses.
Com os ajustes, a seleção ganha mais exposição a ativos sensíveis à taxa de juros, embora as principais posições ainda sigam com perfil mais defensivo: “Entendemos essa como sendo a estratégia adequada para o momento, na reta final do aperto monetário no Brasil”, explicam os analistas.
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No caso da Cosan, a casa vê um upside potencial de 77%, partindo de um desconto de holding de 58%, enquanto o considerado justo seria de 25%. A tese está fortemente ligada ao cenário de queda de juros, já que a companhia passa por um processo de turnaround – período de recuperação.
“Esperamos que a desalavancagem financeira ganhe força nos próximos 12 meses, com resultados gradualmente melhores nas subsidiárias e possíveis novas vendas de ativos”, afirmam os especialistas.
Já para o Grupo SBF, a perspectiva é de continuidade na forte geração de caixa em 2025. Na visão dos analistas, o valuation ficou mais atrativo após a queda de 5% em abril, enquanto o setor de varejo como um todo teve desempenho positivo no período.
“Desde o segundo semestre de 2023, a companhia entrega resultados cada vez mais positivos e, no último ano, elevou a rentabilidade do negócio e a qualidade da sua estrutura de capital, superando os problemas enfrentados em 2022”, explicam.
Como pontos de atenção, o relatório menciona possíveis falhas operacionais, especialmente na logística e na gestão de estoques, além do impacto negativo do dólar nas margens, não compensado por iniciativas internas.
Empresas domésticas ganham destaque
Apesar das tensões globais, como a guerra comercial entre Estados Unidos e China, a Empiricus considera que o momento segue favorável para empresas ligadas à economia doméstica.
“Elas estão, de certa forma, alheias à incerteza externa, enquanto se beneficiam de uma economia brasileira ainda forte: o IBC-Br apontou um crescimento anual de 4,10% em fevereiro, bem acima das expectativas”, ressaltam.
A casa também vê estímulos adicionais à demanda, como a expansão do Minha Casa, Minha Vida e o novo modelo de crédito consignado, como fatores que ajudam a sustentar o consumo.
A principal preocupação segue na rentabilidade das companhias. Nos próximos trimestres, a expectativa é de que os efeitos da inflação persistente e da Selic elevada fiquem mais visíveis nas margens.
“Entendemos que boa parte desses riscos já está precificada, considerando os múltiplos bastante deprimidos das ações ligadas ao mercado interno”, diz a Research.
A carteira recomendada de ações da Empiricus Research
Em abril, a carteira recomendada da Empiricus avançou 8,3%, superando o Ibovespa, que subiu 3,7%. Os destaques positivos foram RENT3 e DIRR3, com altas de 27,9% e 15,7%, respectivamente. Na ponta negativa, PRIO3 e SUZB3 recuaram -15,3% e -5,4%.
Empresa | Ticker | Peso |
---|---|---|
Equatorial | EQTL3 | 15% |
Suzano | SUZB3 | 15% |
Prio | PRIO3 | 10% |
Itaú Unibanco | ITUB4 | 10% |
Eletrobras | ELET6 | 10% |
Iguatemi | IGTI11 | 10% |
Porto | PSSA3 | 10% |
Localiza | RENT3 | 10% |
Cosan | CSAN3 | 5% |
Grupo SBF | SBFG3 | 5% |