Itaú (ITUB4) pode superar barreiras do 3T24, veem analistas; veja o que esperar dos números de amanhã
Considerado um relógio suíço, pela qualidade e entrega dos resultados, o Itaú (ITUB4) deverá continuar o seu crescimento, com um ROE (retorno sobre o patrimônio) acima de 22%, sólida expansão de lucro e aceleração no crescimento do crédito, segundo a Genial.
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“Projetamos um lucro líquido de R$ 10,5 bilhões, refletindo um crescimento de 4,4%no trimestre e 16,3% no ano, o que deve resultar em uma expansão do ROE de 0,01 ponto percentual no trimestre e 1,34 ponto no ano, atingindo 22,4%”, vê.
O resultado deve ser ainda positivamente impactado pela reversão das provisões relacionadas ao caso Americanas (AMER3), com um ganho incremental estimado de R$ 450 milhões, elevando o lucro total para R$ 10,96 bilhões e o ROE para 23,4%. Se atingir esse número, será o maior ROE desde 2015, segundo dados da Elos Ayta.
Mesmo sem considerar esse efeito pontual da Americanas, o banco deve apresentar uma boa evolução no lucro e manter sua rentabilidade em um nível elevado, afirma.
“Esperamos uma aceleração no crescimento da carteira de crédito, passando de 5,3% a/a no segundo trimestre para 7,8% a/a neste trimestre, com destaque para a retomada da carteira de Pessoa Física (PF) na linha de Cartões”.
Essa carteira, que segundo a corretora estava em processo de ajuste, com limpeza de alguns clientes e redução de risco, deve impulsionar o NII Clientes (receita de juros clientes) no trimestre.
“Além disso, prevemos que esse crescimento venha acompanhado de qualidade, mantendo as despesas com PDD sob controle. A combinação desses fatores deve contribuir para a expansão do lucro”.
Além disso, a Genial acredita que a elevação da Selic, iniciada em setembro de 2024, não deve trazer dificuldades significativas para o NII Mercado (receita de juros mercado), uma vez que o banco costuma realizar hedge integral contra variações graduais da taxa de juros.
XP vê melhora do Itaú
A XP também espera que o Itaú entregue mais um conjunto de resultados positivos, com crescimento da carteira de crédito ligeiramente melhor do que no trimestre anterior, impulsionado pela parcela Pessoa Física da carteira (9,8% A/A).
” Esperamos que o crescimento no 3º trimestre se aproxime do limite superior do guidance para 2024 (+6,5% a +9,5%). O NII Clientes deve atingir R$ 27,2 bilhões, um aumento de 6,4% no ano e 3,5% no trimestre”.
Em relação ao NPL (acima de 90), a XP espera um desempenho estável no trimestre em 2,7%.
O NII de mercado deve ficar em torno de R$ 900 milhões, queda de 38% em relação ao 2º trimestre, mas aumento de 22% em relação ao 3T23, a caminho de cumprir o guidance (entre R$ 3,0 bilhões e R$ 5,0 bilhões).
Os custos de crédito devem mostrar uma melhoria de 4,7% no ano e permanecer estáveis no trimestre.