Comprar ou vender?

Itaú (ITUB4) passou do ‘modo de defesa para o modo de ataque’, vê BTG; hora de comprar as ações?

20 jun 2024, 15:19 - atualizado em 20 jun 2024, 15:19
itaú
Itaú (ITUB4) realizou evento voltado para investidores na quarta-feira (19) (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)

O Itaú Day, evento para investidores realizado na quinta-feira (19), evidenciou que o CEO Milton Maluhy Filho é exatamente o que o banco precisava, avaliam analistas do BTG Pactual.

O evento contou com a apresentação dos principais executivos do Itaú, incluindo Pedro Moreira Salles e Roberto Setubal, copresidentes do conselho de administração, além do próprio CEO.

Para o BTG, o CEO é “jovem, enérgico e brutalmente honesto” e conseguiu, apoiado pelos copresidentes e por uma equipe alinhada, acelerar a transformação digital do banco, indo muito além da migração para a nuvem.

“Ele entendeu diante dos pares que ‘principalidade’ é o nome do jogo e que o cliente precisa estar no centro, mesmo que isso signifique oferecer produtos de outros”.

Os analistas ponderam ainda que, com o chamado One Itaú, o super app que promoverá maior integração na experiência do cliente, o banco passa do modo de defesa para o de ataque.

“Em um mundo em rápida mudança, especialmente no setor bancário de varejo, onde a tecnologia, a regulamentação e novos players como o Nubank estão realmente desafiando o status quo dos titulares, acreditamos que Milton Maluhy provou ser exatamente o que o Itaú precisava”.

Desse modo, as ações do Itaú (ITUB4) seguem como a escolha preferida do BTG entre os bancos latino-americanos. O preço-alvo de 12 meses é de R$ 42.

Destaques do Itaú Day

Analistas que acompanham a companhia destacam, em consenso, a mudança de abordagem voltada para o cliente, o foco em tecnologia e crescimento, aliado com eficiência.

“No geral, acreditamos que a mensagem foi consistente com as interações anteriores com a administração. Apesar de liderar o setor bancário brasileiro, o Itaú está constantemente melhorando suas operações para permanecer competitivo”, avalia o Goldman Sachs.

O banco gringo reitera a recomendação de compra para Itaú, tendo em vista a alta lucratividade e o saudável rendimento de dividendos. O preço-alvo do Goldman para 12 meses é de R$ 39.

Para a XP Investimentos, ainda que o evento não tenha fornecido detalhes sobre as expectativas do Itaú para os resultados financeiros de 2024, esclareceu iniciativas importantes, entre elas o aplicativo que migrará 15 milhões de clientes e deverá impulsionar o aumento das vendas e do engajamento.

Sobre o projeto Atlas, que deu origem à Unidade de Negócios “Itaú Emps”, os analistas destacam o foco em atender empresas com faturamento anual entre R$ 200 mil e R$ 5 milhões. Além disso, pontuam o uso crescente de Inteligência Artificial (IA) para aumentar a eficiência e a geração de receita.

“O CEO Milton Maluhy expressou sua preferência pelo pagamento de dividendos extraordinários em vez de aumentar o pagamento mínimo, pois isso permite que o banco aproveite as oportunidades de crescimento e enfrente eventuais desafios que apareçam”, comentam.

Como resultado, a XP mantém uma perspectiva positiva sobre a capacidade do Itaú de se adaptar às mudanças no cenário competitivo e permanecer como um dos participantes mais eficientes do setor financeiro. O Itaú é a preferência da casa no setor, que reafirma compra para a ação.

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Dividendos extraordinários no radar

No evento, o tema dividendos foi mencionado em mais de um momento e, conforme o próprio CEO, tudo aponta para mais um pagamento de extraordinários ainda em 2024.

Ele reforçou que o banco tem o objetivo de criar valor para o acionista, em parâmetros de capital definidos pelo conselho de administração.

Moreira Salles e Setubal endossaram o coro positivo em relação à distribuição de proventos, afirmando que não é intenção do banco reter capital que pode ser distribuído aos acionistas.

“Nós não temos dúvida de que a melhor coisa para fazer com o excesso de capital é eventualmente devolvê-lo ao investidor”, afirmou Moreira Salles. Assim, o acionista pode contar com dividendos à medida que o banco continuar operando da forma que está e com o capital necessário para o crescimento, de acordo com o executivo.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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