Itaú (ITUB4) ou Banco do Brasil (BBAS3)? Confira em qual bancão apostar em novembro, segundo 19 analistas
O Itaú Unibanco (ITUB4) ainda é o ‘bancão queridinho’ dos analistas para investir no médio prazo. Isso é o que mostra o levantamento do Money Times, utilizando carteiras de 19 corretoras e casas de análise.
De longe a campeã, a instituição recebeu 14 recomendações para o mês de novembro. Em sequência veio Banco do Brasil (BBAS3), com sete indicações, BTG Pactual (BPAC11), com três, e Santander (SANB11) e Bradesco (BBDC4) com duas.
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O que faz o Itaú (ITUB4) ser o favorito?
Para o BTG Pactual, o negócio bancário varejista brasileiro mudou drasticamente, particularmente no segmento de baixa renda. Assim, sendo crível aos analistas, que o Itaú fez um ótimo trabalho (o melhor entre os incumbentes) aceitando e se adaptando ao cenário de mudanças, permitindo que seu ROE sustentável aumente a diferença em relação aos pares.
“No segundo trimestre, o Itaú reportou outro conjunto de resultados trimestrais fortes/saudáveis, com seu lucro líquido ligeiramente acima do esperado pelo consenso. Após um início “fraco” em 2024, a carteira de empréstimos reacelerou no segundo trimestre, o que, combinado com a recuperação da carteira de cartões de crédito no segundo semestre, deve continuar apoiando o NII [Receita Líquida de Juros]“, ponderam.
Em resumo, a casa vê uma combinação boa de crescimento e (alta) lucratividade no banco premium incumbente do Brasil no segundo trimestre — e deve continuar no terceiro trimestre.
Outro tema muito discutido, é a iniciativa One Itaú, mesmo que ainda seja difícil “tangibilizar” sua relevância para a tese de investimento. Com essa atualização de marca/abordagem e o super aplicativo One Itaú, os analistas apontam que o banco também passou do modo de defesa para o modo de ataque.
“O banco não quer ser um “seguidor rápido”, mas sim um “pioneiro”, sempre orientado por uma visão que prioriza o cliente. Negociando abaixo de 8 vezes o preço-lucro para 2025, o valuation do Itaú é decente, com espaço para dividendos adicionais”, finalizam.
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Já para os analistas do Santander, diante dos resultados do primeiro semestre de 2024 e do guidance de 2024 (R$ 40 bilhões de lucro líquido no ponto médio, implicando um crescimento anual de 12%), “fica claro que o Itaú se encontra num melhor momento operacional que os pares privados sob nossa cobertura”.
Apesar de elevarem o preço-alvo de R$ 38,00 para R$ 44,00 (2024), mantendo a recomendação de “compra”, os analistas reiteram que o bancão não é a Top Pick do setor atualmente.
E o Banco do Brasil?
Para o Santander, a ação saiu de seu portfólio neste mês. Isso porque, apesar de uma visão construtiva a médio/longo prazo ser mantida, inclusive com recomendação oficial de “compra” e preço-alvo de R$ 42,50, a casa optou por excluir a ação diante de uma escassez de catalisadores de curto prazo.
“Como o Brasil foi afetado pela seca nos últimos meses, vimos produtores adiando o plantio da safra de 2025 e, consequentemente, adiando também a contratação de empréstimos via Plano Safra. Como resultado, esperamos ver uma desaceleração nos empréstimos ao agronegócio, pressionando as receitas do BB no 3T24”, afirmam.
Em relação à qualidade dos ativos, o Santander estima um aumento na inadimplência, principalmente devido ao atraso nos desembolsos do Plano Safra.
“Apesar de não esperarmos uma queda do lucro líquido do Banco do Brasil neste 3T24 (estimamos estabilidade trimestre a trimestre), acreditamos que o conjunto de resultados deste trimestre não será suficiente para animar os investidores no curto prazo – postergando uma recuperação para o 4T24/1T25”, finalizam.
Veja as ações mais recomendadas do setor de bancos para novembro:
Companhia | Ticker | Recomendações |
---|---|---|
Itaú Unibanco | ITUB4 | 14 |
Banco do Brasil | BBAS3 | 7 |
BTG Pactual | BPAC11 | 3 |
Bradesco | BBDC4 | 2 |
Santander | SANB11 | 2 |
ABC Brasil | ABCB4 | 1 |
Banco Inter | INBR32 | 1 |
Levantamento
O levantamento do Money Times levou em consideração as informações das carteiras de ações divulgadas por 19 instituições. Para novembro, foram indicadas 7 de 9 ações do setor, somando 30 recomendações.
Participaram do levantamento Ágora Investimentos, Ativa Investimentos, Andbank, BB Investimentos, Daycoval, Empiricus Research, EQI Research, Genial Investimentos, Itaú BBA, Monte Bravo, Nova Futura, Pagbank, Planner, RB Investimentos, Rico, Santander, Terra Investimentos, Toro Investimentos e XP Investimentos.