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Itaú (ITUB4): Lucro sobe 15% e vai a R$ 10 bilhões no 2T24, em linha com expectativas

06 ago 2024, 18:27 - atualizado em 06 ago 2024, 19:16
Itaú
O número ficou em linha com a expectativa da Bloomberg, que aguardava lucro de R$ 9,7 bilhões (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)

O Itaú (ITUB4) registrou lucro recorrente gerencial de R$ 10 bilhões no segundo trimestre de 2024, alta de 15% ante o mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado nesta terça-feira (6).

A cifra ficou em linha com a expectativa da Bloomberg, que aguardava lucro de R$ 10 bilhões. Segundo o banco, o número foi puxado pelo aumento da margem financeira com clientes. Melhora na carteira de crédito e nas receitas com serviços e seguros também garantiram ao banco mais um trimestre de crescimento.

Com isso, o Itaú confirma o bom momento operacional que vive nos últimos anos. O banco é apontado por analistas como o mais seguro do bolsa e, diferente de seus concorrentes, como Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11), não passou por uma grande deterioração das principais linhas, como inadimplência e ROE (retorno sobre o patrimônio).

E por falar em ROE, o banco conseguiu, mais uma vez, superar a rentabilidade dos seus rivais, com um retorno de 22,4%, alta de 1,5 ponto percentual no ano, enquanto o SANB encerrou o período com ROE de 15,5%. O Bradesco continua na lanterninha, com ROE de 10,5%.

“Estamos bastante satisfeitos com os resultados consistentes deste trimestre, que demonstram a força e a solidez das nossas diferentes linhas de negócios. Vemos com muito otimismo o que vem pela frente, impulsionado por uma agenda robusta de inovações totalmente focadas na melhor experiência dos nossos clientes”, afirmou o CEO do banco, Milton Maluhy Filho.

A margem financeira com clientes melhorou 5,4% ante o ano passado, para R$ 26 bilhões. Já a margem financeira gerencial ficou em R$ 27 bilhões, elevação de 6,4%.

Na mesma toada, as receitas de serviços e seguros cresceram 10,4%, impulsionadas pelo:

  • aumento do faturamento em emissão de cartões;
  • aumento dos ganhos com administração de fundos e de consórcios;
  • crescimento das receitas com assessoria econômico-financeira e corretagem; e
  • maior resultado de seguros em função do aumento dos prêmios ganhos.

Itaú: Melhora da inadimplência

O índice de inadimplência, importante termômetro para medir a capacidade dos clientes Itaú de honrarem com suas dívidas, acima de 90 dias, caiu 0,3 ponto percentual, para 2,7%. Dessa forma, o banco segue a tendência observada pelo Santander e pelo Bradesco de melhora do indicador.

Já a despesa com provisão para créditos de liquidação duvidosa gerencial ficou em R$ 9,2 bilhões, alta de 1,8% ante o primeiro trimestre, mas queda de 3,3% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Para o Itaú, o cenário positivo na qualidade de crédito, em função das safras recentes, e a consequente melhora nos índices de inadimplência, justificam a redução da despesa. Além disso, explica o banco, a recuperação de créditos baixados como prejuízo foi maior.

A carteira de crédito do banco somou R$ 1,2 trilhão, alta de 9%. Merecem destaques, segundo o Itaú:

  • os crescimentos de 9,7% em crédito pessoal;
  • 7,5% em veículos e
  • 2,8% em crédito imobiliário. 

Por outro lado, as despesas não decorrentes de juros alcançaram R$ 15,1 bilhões no segundo trimestre de 2024, com aumento de 5,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto a inflação acumulada foi de 4,2% (IPCA).

“O aumento das despesas de pessoal ocorreu devido aos efeitos da negociação do acordo coletivo de trabalho, que inclui reajuste de 4,58% sobre os salários e benefícios a partir de setembro e em função do aumento da despesa com participação nos resultados”, diz.

Por fim, o Itaú reafirmou o seu guidance (projeção) prevendo entregar crescimento de 6,5% a 9,5% na carteira de crédito e 4,5% a 7,5% na margem financeira.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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