Itaú (ITUB4) e Multiplan (MULT3) divulgam resultados e Vale (VALE3) mostra prévia; veja o que esperar
As empresas brasileiras seguem com sua agenda de resultados. Nesta quinta-feira (10), os números do Itaú Unibanco (ITUB4), Multiplan (MULT3) e Alpargatas (ALPA3; ALPA4) do 4T2021 prometem mexer com o mercado.
Além disso, a Vale (VALE3) divulgará sua prévia de resultados enquanto a Livetech da Bahia (LVTC3) precifica a sua oferta de ações.
Nos EUA, teremos resultados da Coca-Cola, Pepsi e Twitter.
Vai dar para o Itaú?
Após resultados mais fracos do Bradesco (BBDC4) e do Santander (SANB11) como serão os números do maior banco brasileiro, o Itaú?
Na visão dos analistas do UBS, o Itaú terá boas tendências operacionais, com destaque para as margens, que devem crescer ainda mais, com o NII (receita líquida de juros) encerrando o ano próximo ao topo da projeção do banco.
O UBS lembra que as margens dos clientes do Itaú caíram significativamente em 2020, mas já mostraram uma recuperação considerável no último trimestre.
Já a receita líquida de juros, diferente dos outros bancos, não atingiu o nível pré-Covid, mesmo considerando uma carteira de crédito muito maior.
“Isso mostra oportunidade de margem adicional de expansão daqui para frente”, completa.
Apesar disso, o banco terá elevação de custos de cerca de 2,7% em 2021. O trio de analistas espera ainda elevação no índice de inadimplência e alguma redução do rácio de cobertura de NPL.
O UBS vê o Itaú lucrando R$ 7 bi no trimestre, com retorno sobre o patrimônio de 19,9%, ante os 19,7% do terceiro trimestre.
Multiplan e o crescimento em “V”
Na opinião do Inter Research, as prévias do quarto trimestre de 2021 reportadas pela Multiplan já mostraram um crescimento de aluguéis nas mesmas lojas (SSR) ajustado à variação do IGP-DI, simultâneo à estabilidade na taxa de vacância (95,3%) e robustez nas vendas totais.
O Inter Research espera que a companhia reporte um avanço anual de 22% em receita, valor superior aos níveis pré-pandemia (quarto trimestre de 2019), impulsionado pelas locações e melhora no fluxo dos estacionamentos.
Um fator relevante para os prováveis bons resultados é fim das restrições da pandemia da Covid-19, que permitiu que os shoppings funcionassem dentro da normalidade, com a sua capacidade máxima de operação.