Itaú (ITUB4) é destronado do posto de maior banco em valor de mercado no Brasil; veja quem ‘roubou’ posição
O Itaú (ITUB4) perdeu o posto de maior banco em valor de mercado do Brasil, sendo superado pelo Nubank (ROXO34). Com a alta desta terça de 3,84% em Nova York, o roxinho, enfim, passou o bancão.
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Com isso, o valor de mercado da fintech somou R$ 297 bilhões, enquanto o do Itaú ficou em R$ 288 bilhões, segundo dados da Elos Ayta Consultoria.
Desde a semana passada, o Nubank e o Itaú vêm disputando o posto. E não só isso. A alta do Nu também fez com que o papel ultrapassasse a Vale. Veja no gráfico abaixo:
Em 2024, as ações da Nu Holdings acumulam uma alta de 40,82%, contra desvalorização de 2,70% das ações ITUB4.
Por que o Nubank disparou?
A XP lembra que a fintech, que já ultrapassou os 10 anos de história, tem apresentado taxas de crescimento substancialmente maiores que o Itaú.
“Embora no primeiro trimestre, em nossa visão, o Itaú tenha reportado números mais sólidos que o rival digital, em relação ao crescimento o “roxinho” o superou”, coloca.
Ademais, o Itaú já atua em diversos países da América Latina, mas o Brasil segue sendo a principal operação do grupo.
“Mesmo que o Nu esteja ainda muito exposto ao mercado brasileiro, seus controladores têm afirmado que o crescimento no México é a prioridade de 2024. Com isso, os investidores estimam que a oportunidade neste país seja pelo menos semelhante à do Brasil”, lembra.
Apesar disso, os analistas da XP lembram que a capitalização de mercado reflete o preço das ações e não necessariamente o valor das empresas.
“Embora concordemos que a tese de crescimento e alavancagem operacional do Nu tenha se provado, o banco negocia a múltiplos bastante elevados quando comparamos com outros bancos. Já para o Itaú, vemos o banco negociando em linha com os pares, mas com algum desconto em relação à média histórica”, explicam.
Nubank chegou ao limite?
Já o Itaú BBA reforçou, em relatório na última segunda-feira (27), a recomendação outperform (equivalente à compra) para as ações do Nubank, que segue aumentando o crédito por cliente em ritmo acelerado. A fintech é uma de principais escolhas do BBA no segmento financeiro brasileiro.
“Ao expandir as ofertas de produtos, a elegibilidade dos clientes e/ou aumentar o limite, o Nubank monetiza mais e ganha supremacia entre os brasileiros de média e alta renda em sua base”, avaliam Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard.
Os analistas explicam que o sucesso nessa estratégia é crucial para os lucros e para a história de longo prazo da companhia. “Durante esse processo, é natural que as provisões aumentem primeiro (como observado no primeiro trimestre de 2024), e as receitas posteriormente”, afirmam.
Leduc, Raffaelli e Barranjard ressaltam que as métricas de crédito subjacentes permanecem saudáveis e os indicadores macroeconómicos são favoráveis. Com isso, preveem que a carteira de maior risco impulsione o crescimento dos lucros nos próximos trimestres.
O Itaú BBA reitera sua visão otimista para Nubank. O preço-alvo para o final de 2024 indicado para as ações é de US$ 13. “Vemos as ações negociadas a 24x preço/lucro de US$ 2,1 bilhões esperado para 2024 e 15x do projetado para 2025, oferecendo uma combinação atraente de crescimento/avaliação”, dizem.
Com Giovana Leal