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Itaú (ITUB4) detalha acusações contra ex-CFO em esclarecimento à CVM; veja

11 dez 2024, 10:59 - atualizado em 11 dez 2024, 11:01
itaú itub4
(Imagem: Joa_Souza/iStock)

O Itaú Unibanco (ITUB4) confirmou ao mercado nesta quarta-feira (10) que a saída do agora ex-CFO da companhia, Alexsandro Broedel Lopes, aconteceu por suposta violação do código de ética do banco.

O banco já havia informado atuação do executivo em “grave conflito de interesses, e em benefício próprio” no relacionamento com um fornecedor de pareceres da companhia a ele relacionado, “agindo em violação às políticas internas e à legislação e à regulamentação aplicável”.

As constatações tiveram origem em apurações internas finalizadas em 24 de novembro, e foram divulgadas em ata de assembleia-geral extraordinária do banco realizada na quinta-feira passada e publicada no jornal O Estado de S. Paulo no último sábado (7).

No comunicado desta terça (10), o banco disse que o ex-diretor financeiro usou irregularmente as alçadas do cargo e aprovou contratações de pareceres e de pagamentos em uma empresa ligada ao fornecedor de uma empresa do qual era sócio utilizando uma subsidiária do Itaú.

Broedel teria contratado cerca de 40 pareceres, sendo que, destes, apenas 20 foram entregues, da empresa Care — cujos sócios são Eliseu Martins e seu filho, Eric Martins —, entre 2019 e 2014, por R$ 13,26 milhões.

“Foram apurados, ainda […] fortes indícios de que o fornecedor redirecionava parte dos valores recebidos, no valor total de R$ 4,86 milhões entre 2019-2024, para contas de Alexsandro Broedel Lopes, usando empresa intermediária. A companhia, ao longo desses meses, solicitou esclarecimentos ao ex-administrador e ao fornecedor, mas não recebeu explicações que pudessem refutar a conclusão dessas apurações internas”, diz o documento.

Financeiro do Itaú afetado?

O comunicado do Itaú diz que se trata de uma situação isolada, sem prejuízos para além do já informados pelo banco e sem impactos materiais para a companhia

O banco afirma ainda que a subsidiária integral diretamente prejudicada, Itaú Unibanco S.A., considerando o compromisso com a ética, está autorizada a tomar as medidas adequadas para buscar o ressarcimento dos valores e já tomou a primeira medida nesse sentido no último dia 06 de dezembro de 2024.

“Ressalta-se, ainda, que os balanços da companhia foram reavaliados por seu Comitê de Auditoria e por consultoria externa e independente, a PWC – PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, que certificaram a lisura e a ausência de impacto nas demonstrações financeiras e nos resultados do Itaú Unibanco”, diz o Itaú.

Outro lado

Em nota divulgada anteriormente no Poder360, a assessoria de Broedel repudiou acusações do banco, afirmando que o executivo sempre agiu de forma ética e transparente durante seus 12 anos na instituição. A nota destacou que as suspeitas surgiram apenas após sua renúncia para assumir um cargo global em um concorrente e prometeu tomar medidas judiciais.

*Com informações da Reuters e Seu Dinheiro

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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