Carteira Recomendada

As ações mais recomendadas para junho, segundo 18 analistas: Itaú (ITUB4) lidera; veja ranking

05 jun 2025, 20:17 - atualizado em 05 jun 2025, 20:19
Itaú
(Imagem: Joa_Souza/iStock)

O Itaú Unibanco (ITUB4) lidera como a ação mais recomendada por bancos, corretoras e casas de análise para junho, segundo levantamento realizado pelo Money Times. O papel aparece em 12 carteiras recomendadas.

Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) aparecem logo atrás, com 11 indicações cada, no levantamento que considera a carteira de ações de 18 instituições.

No mês passado, Itaú dividiu o primeiro lugar com a Petrobras.

As carteiras são divulgadas após o mercado receber a reta final da temporada de balanços do primeiro trimestre. No início de maio foram os grandes bancos que divulgaram os números, além de Petrobras.

O mês também foi marcado pelo retorno do Brasil ao radar dos investidores globais, com o Ibovespa atingindo a marca histórica de 140 mil pontos.

Itaú: melhora nos spreads

O Itaú Unibanco, que apresentou um bom resultado e em linha com o esperado no balanço do primeiro trimestre, aumentará seu ROE de longo prazo, segundo analistas – o Santander fala de 19% para 20%, o que deve garantir retorno consistente aos acionistas.

Os analistas do Santander, aliás, esperam crescimento de dois dígitos na margem financeira, impulsionado pela melhora nos spreads e pelo aumento da receita com comissões bancárias.

O Itaú acelerará a concessão de crédito em segmentos específicos, aproveitando a estabilização da inadimplência, diz.

No primeiro trimestre de 2025, o banco reportou lucro líquido recorrente de R$ 11,1 bilhões, com ROAE de 22,5% e índice de eficiência operacional de 38%.

Os riscos incluem o enfraquecimento da economia, aumento da inadimplência e concorrência das fintechs.

Petrobras: dividendos atrativos

A Terra Investimentos recomenda a Petrobras ressaltando sua liderança na extração e refino de petróleo no Brasil. A empresa produz cerca de 2,2 milhões de barris por dia, principalmente no pré-sal, e possui capacidade de refino de 1,7 milhão de barris diários.

Os baixos custos de extração garantem margens brutas elevadas, em torno de 52%, sustentando operação rentável, acrescentou a corretora.

Esse desempenho, disse a Terra, possibilita pagamento de dividendos atrativos, estimados em 15% para os próximos 12 meses.

A Petrobras teve lucro líquido de R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 48,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A linha superou a projeção de R$ 28,5 bilhões, de acordo com dados reunidos pela Bloomberg.

A empresa pode enfrentar riscos relacionados à volatilidade dos preços do petróleo e mudanças regulatórias.

Vale: prêmio mais altos para o minério de ferro

O Safra manteve a Vale em sua carteira recomendada para junho destacando o cenário favorável para aumento da produção e redução dos custos operacionais. A mineradora deve se beneficiar dos prêmios mais altos para o minério de ferro, o que elevará a receita, disse o banco.

O valuation da Vale permanece atrativo em comparação com concorrentes australianos, acrescentaram os analistas do Safra. Para eles, a gestão foca no retorno aos acionistas, com possibilidade de dividendos extraordinários ou recompra de ações.

A companhia, que reportou os resultados ainda em abril, teve lucro líquido de US$ 1,39 bilhão no primeiro trimestre de 2025, em uma baixa de 17% na comparação com o mesmo período do ano passado. Analistas esperavam por lucro líquido de US$ 1,62 bilhão.

O que esperar do Ibovespa em junho?

A Empiricus Research tem destacado a formação de um ciclo positivo para o mercado brasileiro, apesar de esperar também volatilidade.

Segundo a casa, o Ibovespa negocia a múltiplos atrativos, com P/L projetado de 9,0x para 2026, abaixo da média histórica de 11,4x, indicando potencial de valorização.

A expectativa da Empiricus é que a queda da Selic torne a renda fixa menos atraente, estimulando o retorno dos investidores locais para o mercado de ações, o que pode sustentar a alta no médio prazo.

Enquanto isso, o fluxo estrangeiro tem sido o principal motor da alta da bolsa. A Empiricus explica que a diversificação de recursos fora da bolsa americana segue, mesmo que em menor intensidade após acordos comerciais recentes dos EUA com China e Reino Unido.

A saída de capitais dos EUA continua motivada pelo “Trumponomics”, que gera incertezas sobre a economia americana, e pelo valuation elevado das ações nos EUA.

Nesse contexto, a Empiricus ressalta que o capital realiza ganhos nos EUA e busca oportunidades em mercados emergentes, especialmente na América Latina, que se beneficia de valuations atrativos, ambiente político mais estável e menor impacto do conflito tarifário.

O Brasil se destaca com três pilares fundamentais para a tese de investimentos apresentada pela Empiricus: o pico da Selic, com expectativa de cortes já no fim de 2025; lucros corporativos resilientes e crescimento moderado da economia; e o ciclo eleitoral que pode melhorar a política fiscal a partir de 2027, reduzindo os prêmios de risco.

As ações mais recomendadas em junho

Posição Ação Nº de Recomendações
Itaú Unibanco 12
Petrobras 11
Vale 11
Eletrobras 8
Equatorial 8
Prio (PetroRio) 8
Copel (CPLE6) 7
Caixa Seguridade 6
Suzano 6
Sabesp (SBSP3) 6

No total, o levantamento de maio contabilizou 197 indicações, com 68 ações.

Participaram do levantamento Ágora Investimentos, Ativa, Andbank, BB InvestimentosBTG Pactual, CM Capital, Daycoval, EQI Research, Empiricus Research, Itaú BBA, Monte Bravo, Planner, RicoRB InvestimentosSafraSantanderTerra Investimentos XP Investimentos

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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