Itaú (ITUB4): ações recuam 2,5%, mas ainda podem subir 45% após resultados, diz Ativa
As ações do Itaú (ITUB4) recuavam 2,50%, a R$ 23,20 hoje, por volta das 13h00. No mesmo horário, o Ibovespa caía 1,76%, a 103.286 pontos.
O desempenho dos papéis ocorre após a divulgação do balanço da companhia no primeiro trimestre de 2022. Contudo, apesar do desempenho negativo, os dados vieram em linha com o esperado.
O banco anunciou nesta segunda-feira (9) que seu lucro recorrente de janeiro a março somou 7,36 bilhões de reais, número praticamente em linha com a projeção média de analistas consultados pela Refinitiv, de 7,35 bilhões de reais.
O relatório da Ativa Investimentos confirmou a tese do Refinitv, de que os resultados divulgados estavam “majoritariamente em linha com nossas estimativas”.
A corretora ainda classificou o preço-alvo da companhia em R$ 34,50, uma alta de 48% frente o atual valor de negociação.
O relatório, assinado por Leo Monteiro e Pedro Dietrich, destacou o crescimento da margem com clientes, da receita com serviço e da receita com seguros, assim como “os ganhos de eficiência operacional no trimestre”, que ficaram acima das expectativas.
Inadimplência e crédito
Por outro lado, o principal ponto negativo dos dados trimestrais é a piora no custo de crédito, segundo os analistas da Ativa.
A carteira de crédito do Itaú apresentou queda de 0,4% na comparação trimestral, em função da queda de 9,6% no trimestre na carteira América Latina.
Enquanto isso, o índice de inadimplência total acima de 90 dias apresentou alta de 0,1 ponto percentual no trimestre, chegando a 2,6% em função do aumento na inadimplência em pessoa física.
Segundo o BTG Pactual, os índices de inadimplência (NPLs, na sigla em inglês) do banco estão em alta, “mas ainda em linha com o guidance e a mudança no mix da carteira do banco para produtos mais arriscados e com melhores spreads”.
Conforme o relatório assinado por Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura, as provisões brutas cresceram 2,5% em comparação trimestral e 58% na comparação anual, para R$ 7,0 bilhões, acima da formação de NPL.
Isso aconteceu, principalmente “devido a maiores negócios de varejo no Brasil, impulsionado pelo crescimento em empréstimos pessoais não garantidos”, afirmam os especialistas.
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