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Itaú e Santander serão os mais prejudicados por queda da taxa de juros do cheque especial, avalia Ágora

02 mar 2020, 16:14 - atualizado em 03 mar 2020, 1:43
Itaú
De acordo com Ágora, a medida deve atingir, principalmente, Itaú e o Santander, que são mais expostos a empréstimos sem garantias. (Imagem: REUTERS/Rodrigo Garrido)

Os lucros dos bancos, que reinaram absolutos por anos, podem cair até 5% com a determinação do Conselho Monetário Nacional (CMN) que estabelece um novo teto para a taxa de juros do cheque especial em 8% ao mês, avalia Ágora em relatório enviado a clientes na última sexta-feira (28).

Em janeiro, a taxa caiu pela metade, de 302,5% para 165,6% ao ano, segundo dados do Banco Central.

Os analistas Victor Schabbel e Maria Clara Negrão, que assinam o relatório da Ágora, argumentam que apesar de as taxas permanecerem um pouco acima do limite, em breve elas convergirão para o limite de 8%, o que pressionará fortemente o resultado com intermediação financeira dos bancos.

Ainda segundo a dupla, isso deve atingir, principalmente, o Itaú (ITUB4) e o Santander (SANB11), que são mais expostos a empréstimos sem garantias.

Ao divulgar a medida, o Banco Central explicou que o teto de juros pretende tornar o cheque especial mais eficiente e menos regressivo. Para a autoridade monetária, as mudanças no cheque especial corrigirão falhas de mercado nessa modalidade de crédito.