Itaú e BofA ainda apostam em Selic mais baixa em 2023; veja as projeções
Desde agosto do ano passado, a Selic está em 13,7% ao ano. Este é o maior patamar da taxa básica de juros desde janeiro de 2017 e deve continuar assim por um bom tempo.
Ontem, o Comitê de Política Monetária (Copom) optou pela manutenção da Selic apontando o aumento da incerteza fiscal e a deterioração das expectativas de inflação em horizontes mais longos.
O mercado já esperava por essa decisão, mas agora está em dúvida sobre quando o Banco Central começará a cortar os juros.
As apostas de um reajuste negativo no começo do segundo semestre estão perdendo fôlego e abrindo espaço para projeções de cortes só em 2024.
Por outro lado, há quem ainda seja otimista. É o caso do Itaú e do Bank of America (BofA), que projetam uma Selic mais baixa que o atual patamar até o final de 2023.
Projeções da Selic
Em seu relatório, o BofA afirma que a atual decisão de manutenção dos juros é compatível com a estratégia de permitir a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante.
“A Selic permanecerá nos níveis atuais por um tempo, mas ainda esperamos cortes no segundo semestre de 2023, com uma sequência de cortes de 0,50 ponto percentual desde a reunião de agosto, levando a Selic para 11,75% ao final do ano”, diz.
O Itaú também destaca que a postura do Banco Central deve se manter contracionista por mais tempo. Embora aposte nos cortes, o banco não descarta a falta de reajustes negativos.
“Por enquanto, mantemos nossa projeção de Selic para o final do ano em 12,50%, mas a reunião traz incertezas adicionais sobre a viabilidade de cortes de juros neste ano”, afirma.