Itaú, Bradesco, Santander ou Banco do Brasil, qual ação comprar?
O Citi elevou os bancos brasileiros para “alto risco” após o aumento da crise política há dez dias e que pode implicar o presidente Michel Temer, mostra um relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (31). Essa mudança, aponta o analista Jörg Friedemann, levou o banco a reduzir as estimativas de lucro por ação do setor em 1% para 2018 e os preços-alvo em 3%, na média.
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“Nosso cenário base implica em atrasos na agenda de reformas, mas ainda encontramos valor para justificar as recomendações de compra para Itaú e Banco do Brasil. O Bradesco foi rebaixado para neutro”, ressalta Friedemann.
Além do custo do capital, o Citi também incorporou uma sensibilidade para o crescimento do crédito e os custos do crédito. “Nós vemos um risco assimétrico para o setor, com queda máxima de 15% em 1 ano, em comparação com o aumento de 25% sugerido por nossos objetivos. O curto prazo permanece nublado”, pondera.
Bradesco
Segundo o analista, o Bradesco tem sido a melhor alternativa no cenário de recuperação da economia brasileira desde novembro de 2016, quando o Citi passou a analisar os papéis.
“Esta tese continua válida, já que o Bradesco está 100% concentrado no Brasil. No entanto, atendendo aos crescentes riscos macroeconômicos após a crise política, elevamos a classificação de risco do Bradesco para alto risco e sua vantagem já não justifica uma recomendação de compra”, afirma.
Banco do Brasil
Já o estatal Banco do Brasil continua como a instituição financeira de maior potencial. O Citi estima um retorno total de 35%, o que ainda justifica a recomendação de compra.
“No entanto, removemos a ação da nossa Focus List, dada a advertência dos novos riscos políticos, como a substituição do presidente Temer, podem levar a uma mudança na administração do banco e comprometer os ajustes em curso”, destaca.
Itaú
O Itaú, maior banco privado do país, continua com a recomendação de compra.
“Até ganharmos mais visibilidade no cenário político, preferimos as ações do Itaú a Banco do Brasil e Santander, dada a combinação de um balanço mais forte e maior ROE (Returno n Equity). O preço-alvo projetado para o Itaú é de R$ 44.