ITUB4, BBAS3, BBDC4, SANB11: Bancos lucram como nunca no 2T24, mostra levantamento
O lucro dos quatro grandes bancos brasileiros, Itaú (ITUB4), Santander (SANB11), Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3), somou R$ 26,8 bilhões, o maior lucro trimestral consolidado já registrado em valores nominais, que não considera ajuste pela inflação, segundo levantamento da Elos Ayta Consultoria. O desempenho superou o recorde anterior de R$ 26,1 bilhões, registrado no segundo trimestre de 2022.
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No trimestre, todos os bancos tiveram expansão em seus números, com destaque para o Santander, que viu o seu lucro subir 44%. O Bradesco também foi uma surpresa positiva, com alta de 4,4%, enquanto o mercado esperava queda dos números. Itaú e Banco do Brasil também subiram conforme o esperado.
O consultor e colunista do Money Times, Einar Rivero, responsável pelo levantamento, nota que o resultado reflete a resiliência e a capacidade de adaptação dessas instituições, especialmente quando comparado ao lucro de R$ 12,1 bilhões no segundo trimestre de 2020, durante o ápice da pandemia da Covid-19.
“A diferença entre os períodos destaca a recuperação robusta do setor bancário, que, em um período de apenas quatro anos, mais do que dobrou seus resultados trimestrais”, destaca.
A média do lucro líquido entre 2010 e 2024 foi de aproximadamente R$ 15,78 bilhões, com um desvio-padrão de R$ 5,18 bilhões, evidenciando a volatilidade no desempenho financeiro do setor.
Veja na tabela:
ROE também sobe
Outro importante indicador da rentabilidade, o ROE também subiu, com mediana de 16,35% no segundo trimestre de 2024. Este valor, superior em 1,37 pontos percentuais ao mesmo período de 2023, marca o terceiro trimestre consecutivo de crescimento, refletindo uma tendência positiva de rentabilidade para os bancos, mas ainda longe das máximas de 2010.
Desde 2010, o maior valor da mediana do ROE foi registrado no terceiro trimestre de 2011, atingindo 23,21%. Em contrapartida, o menor valor foi observado no quarto trimestre de 2020, com 12,06%. O desempenho recente sugere uma recuperação gradual em direção aos níveis pré-pandemia, embora ainda distante dos picos históricos.