Itaú BBA vê oportunidade de compra em queda de petroleira

O Itaú BBA avaliou que a recente queda das ações da Prio (PRIO3), após a notícia da paralisação da produção no campo de Peregrino, pode representar uma oportunidade de compra.
Os papéis chegaram a recuar cerca de 7% no pior momento do pregão desta segunda-feira (18), mas reduziram as perdas para perto de 4% no fechamento. Nesta terça (19), o papel recuava cerca de 2%, a R$ 36,71 – o Itaú BBA tem preço-alvo de R$ 62.
Nas contas do banco, considerando um prazo de seis semanas para a retomada da produção e a compensação da companhia por sua fatia de 60% no campo, o impacto seria de aproximadamente US$ 71 milhões.
“Nos níveis atuais de preço, o mercado parece precificar um cenário de retomada apenas em oito semanas sem compensação, além de embutir um prêmio de risco, o que consideramos uma visão bastante conservadora”, destacou a instituição.
Prio e Equinor: Entenda a paralisação do FPSO Peregrino
Na manhã de segunda, a Prio informou ao mercado que a ANP determinou a interdição do FPSO Peregrino, operado pela Equinor, devido a pendências na documentação de segurança e análise de risco, além da necessidade de adequações no sistema de dilúvio.
A medida suspende temporariamente a produção do campo — que possui reservas de 202 milhões de barris e produção diária de cerca de 100 mil barris — e deve impactar o fluxo de caixa da Prio, que detém 40% do ativo, enquanto a Equinor mantém os 60% restantes.
A Equinor iniciou imediatamente os reparos, com previsão de conclusão entre três e seis semanas, conforme o fato relevante divulgado pela Prio.
Atualmente, a participação da Prio em Peregrino gera cerca de US$ 40 milhões por mês, com uma produção total de aproximadamente 90 mil barris diários.