Itaú BBA troca duas ações em carteira Top 5
A equipe de análise do Itaú BBA trocou duas ações em sua carteira Top 5 para a bolsa brasileira, mostra um relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (4). O time composto por Lucas Tambellini, Fábio Perina, Larissa Nappo e Guilherme Reif escolheram ações que possam nos próximos meses se beneficiar do noticiário relativo ao aumento de possibilidade de privatizações, neste caso a BR Distribuidora (BRDT3) e Copasa (CSMG3).
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Com isso, os papéis da Fleury (FLRY3) e da Estácio (ESTC3) foram retirados da carteira.
“Continuamos com uma visão construtiva e recomendação de compra, tanto para Fleury quanto para Estácio, mas como nossa carteira tem um número limitado de cinco ações estamos trocando elas para aumentar a exposição no tema ‘privatizações'”, explicam os analistas.
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Sobre a Copasa, o Itaú BBA esperado que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, realize uma “melhoria enorme no estado” nas empresas estatais. “A privatização de alguns dos ativos também é provável, mas isso depende da aprovação do congresso local”, estimam. O cenário base do banco projeta um retorno sobre o capital investido (ROIC, na sigla em inglês) de 5,5% a 6%, e que pode ser de até 7% caso ela seja privatizada.
“Em um cenário ainda mais otimista, acreditamos que a CSMG3 pode aproveitar de um ROIC de longo prazo de 9% se for privatizada sob um quadro regulatório federal semelhante ao do segmento de energia. Neste caso, a CSMG3 pode valer até R$ 108 por ação. Se a empresa fosse privatizada, mas permanecesse sujeita à regulamentação local, nosso preço-alvo para o fim de 2019 seria de R$ 93 por ação”, concluem.
Já para a BR Distribuidora, o Itaú BBA diz que tem enfrentado uma maior concorrência no segmento de varejo, levando a perdas sequenciais na participação de mercado do Ciclo-Otto. Na opinião do analista que cobre a empresa, isso foi em grande parte impulsionado pela decisão da empresa de expandir as margens por meio de uma estratégia de preços mais altos. Com isso, o banco projeta que as margens brutas de lucro seriam em média de R$169/m³ em 2019 e margens Ebitda seriam em média de R$93/m³ em 2019.
Considerando um múltiplo semelhante a transações recentes e assumindo uma melhoria nas margens para o nível de pares de referência, o analista do BBA calcula que a privatização da BR Distribuidora implicaria em uma cotação de R$36,00 em 2019.