Itaú BBA: Renovação das concessões da Cesp pode ajudar na privatização
O Itaú BBA avalia que a antecipação da renovação das concessões das 30 usinas hidroelétricas da Cesp (CESP6) – que pode acontecer no momento da possível privatização – pode elevar em até R$ 10 o preço-alvo de R$ 16 estimado pelos analistas para a geradora de energia do governo paulista.
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“Nossa expectativa é a de que o governo federal reserve para si uma parcela dos ganhos potenciais – digamos 50%. Neste caso, o governo poderia obter R$ 1,6 bilhão, deixando a outra metade para a CESP6 (R$ 5,00 por ação)”, explicam os analistas Pedro Manfredini e Raul Cavendish.
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Mesmo com a tomada dessa fatia, o prolongamento do período de fluxo de caixa garantido (duration) poderia representar um incentivo importante para uma privatização bem-sucedida, apontam os analistas.
Privatização
Além disso, o Itaú avalia que o processo de privatização (otimização da estrutura de capital e cortes nos custos) poderia acrescentar R$ 6,00 por ação ao preço-alvo.
“Aos níveis atuais, a CESP está sendo negociada a uma TIR real implícita de 7,1%, em comparação com a média do setor de 9,1%. Apesar do valuation relativamente caro, acreditamos que a privatização pode desbloquear um valor significativo para a CESP6. Também temos a expectativa de que a ação pague retornos em dividendos saudáveis de 9% em 2017 e de 6% em 2018”, afirma o banco.
A recomendação de outperform (desempenho acima da média do mercado) foi mantida, assim como o preço-alvo de R$ 16.
O processo
O Itaú BBA lembra que o governo contratou um banco de investimentos (Fator) para emitir uma opinião sobre o valor da Cesp e desenhar a estrutura do processo de licitação. O relatório preliminar deve ser apresentado até o final do mês, com a opinião final apresentada para os investidores em meados de março e o leilão programado para junho.