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Itaú BBA projeta aumento de R$12 bi na carteira de empréstimos agrícolas em 2022

29 mar 2022, 11:55 - atualizado em 29 mar 2022, 11:55
Agronegócio Grãos Soja Trigo Agricultura
Segundo o Itaú BBA, a estimativa média é de aumento de 60% dos custos de produção da soja do Brasil na próxima safra (Imagem: Pixabay/reijotelaranta)

O Itaú BBA projeta alta na carteira de empréstimos agrícolas para 72 bilhões de reais até o final de 2022, ante 60 bilhões de reais no ano anterior, em meio à expectativa de maiores custos do setor impulsionando a necessidade de capital de giro, disse o diretor de Agronegócios da instituição, Pedro Fernandes.

Em apresentação a jornalistas nesta terça-feira, ele comentou que esse aumento na carteira vai ao encontro dos anseios do banco de ser o maior “parceiro privado” do agronegócio brasileiro, com uma boa parte do crescimento dos empréstimos advindo de novos clientes.

“Esse crescimento… um terço dele vem da aquisição de novos clientes, vamos passar a trabalhar com empresas e produtores com os quais não trabalhávamos antes… Dois terços vêm de fazermos mais negócios com os nossos clientes atuais”, afirmou.

Ele citou a ampliação da agenda de produtos, incluindo uma trading, além de parcerias com grandes players, e também a maior necessidade de capital de giro, em função do aumento do custo nominal das lavouras, com insumos como fertilizantes, pesticidas e combustíveis mais caros.

“Mesmo que ele diminua a quantidade de fertilizantes, o número de reais que ele precisará será muito maior do que ele gastou na 2021/22”, disse o diretor, em referência a desafios como a guerra na Ucrânia para a oferta de adubos.

“O produtor está precisando de mais dinheiro para plantar a sua safra, mas a receita que ele terá é muito maior do que a receita que ele teve na safra anterior”, completou.

Segundo o Itaú BBA, a estimativa média é de aumento de 60% dos custos de produção da soja do Brasil na próxima safra, enquanto os preços das principais commodities agrícolas estão sendo sustentados pela guerra na Ucrânia e questões de oferta menor na América do Sul.

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