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Itaú BBA eleva recomendação de PagBank (PAGS34) para compra — e aposta em uma potencial fusão 

22 jul 2024, 16:00 - atualizado em 22 jul 2024, 16:00
Uol PagSeguro
(Imagem: Youtube/PagSeguro)

O Itaú BBA elevou a recomendação para as ações do PagBank (PAGS;PAGS34) de neutra para compra. 

O banco também atualizou o preço-alvo para os papéis da companhia negociadas na Bolsa de Nova York (Nyse) para US$ 16 — o que representa um potencial de valorização de 23% em relação ao preço de fechamento da última sexta-feira (19). 

Na avaliação do Itaú, a companhia está em um “forte momentum de lucros”. Além disso, o valuation atraente — hoje negociado a um múltiplo de 10x o preço/lucro projetado para 2025. 

“O PagBank está se saindo melhor do que esperávamos”, escreve o analista Pedro Leduc, com foco na expansão da base de clientes e na oferta de serviços ao mesmo tempo que mantém a disciplina de custos — que deve continuar a gerar lucro ao longo dos ciclos econômicos. 

Com isso, o analista projeta que os resultados do segundo trimestre devem confirmar os ganhos em participação de mercado. “O banco se mostrará uma vantagem competitiva cada vez mais importante para captação.”

Por fim, a expectativa de amadurecimento das capacidades de crédito não garantido — tanto no varejo para as pequenas e médias empresas (PME) também contribuem para a visão positiva do Itaú BBA. 

Nesta segunda-feira (22), as ações da companhia listadas em Nyse (PAGS) operam em alta de quase 3%. Os papéis negociados na B3 acompanham o movimento de ganhos do exterior:



Pagbank e Stone: fusão à vista? 

Na avaliação do BBA, uma fusão entre a PagBank e a Stone “cairia como uma luva”, destacando a operação seria interessante no cenário atual dos mercados.  

Para analista Pedro Leduc, há pelo menos quatro motivos favoráveis para a fusão: 

  • os volumes de cartões não estão crescendo como antes;
  • os ganhos de participação de mercado são cada vez mais importantes para ganhar escala, exigindo preços mais competitivos; 
  • ter soluções semelhantes às dos bancos para os comerciantes é cada vez mais importante para o financiamento e aumento de receitas; 
  • as taxas de juros no Brasil não vão cair como o esperado anteriormente. 

Sendo assim, PagBank e Stone poderiam explorar capacidades complementares e diversas fontes de receitas e sinergias de custos. 

Se por um lado, a regulamentação da fusão não pode ser desconsiderada a longo prazo, por outro, a similaridade de capitais de mercado e múltiplos de preço/lucros resultariam em ganhos para as duas empresas. 

“Todas as fusões têm os seus desafios de execução, mas esta poderia ser uma situação vantajosa para todos, visando uma empresa mais robusta com muitos objetivos comuns”, escreve o analista. 

Nas estimativas iniciais do Itaú BBA, há um potencial de sinergia de NPL entre R$ 10 bilhões e R$ 18 bilhões, o que representaria um acréscimo de 25% a 40% no valor de mercado atual. 

Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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