Itaú BBA e BTG Pactual divergem sobre investimentos da Ultrapar
A Ultrapar (UGPA3) divulgou em comunicado ao mercado nesta sexta-feira (14) seu plano atual de investimentos para 2019. Totalizando aportes de R$ 1,762 bilhão, a companhia dividirá o montante através de suas divisões: R$ 824 milhões para Ipiranga, R$ 319 milhões para Oxiteno, R$ 279 milhões para Ultragaz, R$ 161 milhões para Ultracargo e R$ 158 milhões para Extrafarma.
Diante da publicação, o Itaú BBA mantém a recomendação market perform (desempenho em linha com a média do mercado), com preço-alvo de R$ 45,00 para o final de 2010. Os analistas afirmam que o número apresentado é 20% inferior ao montante aportado em 2018 e está 8% abaixo de suas estimativas.
Para o analista do Itaú BBA André Hachem, o plano é uma indicação “positiva da mudança de estratégia de expansão da companhia”. “A redução no capex de Ipiranga também mostra uma maior disciplina de alocação de capital pela Ultrapar”, pontua o analista, destacando ainda que a empresa encontra-se em processo de recuperação e é melhor focar em suas operações atuais do que em uma possível expansão da rede.
Recomendação de venda
Menos otimista, o BTG Pactual divulgou relatório a seus clientes mantendo recomendação de venda para as ações, pela combinação de recuperação limitada nos volumes e incertezas no setor, além da baixa expansão da margem no setor. O preço-alvo para as ações é de R$ 44,00 para 12 meses.
Especificamente em relação a divisão Ipiranga, os analistas Thiago Duarte e Pedro Soares chamam atenção para o menor volume de investimentos desde 2014 , de R$ 824 milhões. “Acreditamos que isso continua a indicar que a companhia focará no gerenciamento do capital e, mais importante, elevará a produtividade nos pontos de venda”, concluem os analistas.