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Usiminas (USIM5): Itaú BBA dá 3 motivos para comprar as ações após derrocada com o 2T24

31 jul 2024, 14:23 - atualizado em 31 jul 2024, 14:23
Usiminas, USIM5
A expectativa é de que a companhia registre melhorias graduais nos custos nos próximos trimestres.  (Imagem: REUTERS/Alexandre Mota)

Candidata a pior ação do mês de julho, a Usiminas (USIM5) ainda tem espaço para recuperar as perdas recentes e potencial de alta de mais de 34%, na visão do Itaú BBA

Mesmo após cair 23% na última sexta-feira (26) em reação ao balanço do segundo trimestre, o banco reiterou a recomendação de compra para os papéis nesta quarta-feira (31). 

Em relatório, o banco afirma que a manutenção da recomendação acontece pelo reconhecimento de que os investidores provavelmente aguardarão até que sinais de melhoria de custos se materializem. A expectativa é de que a companhia registre melhorias graduais nos custos nos próximos trimestres. 

Mas com a revisão das estimativas, o Itaú BBA cortou o preço-alvo das ações da Usiminas (USIM5) de R$ 12 para R$ 8,50, o que ainda representa um potencial de valorização de 34,3% em relação ao preço de fechamento da véspera.

O que explica a forte queda recente das ações

Os analistas do Itaú BBA atribuem o fraco desempenho da companhia a uma perspectiva menos otimista para os custos no segundo semestre — que não atendeu às expectativas dos investidores. 

Essa perspectiva também impactou negativamente o desempenho das ações, segundo os analistas Daniel Sasson, Edgard Souza, Marcelo Palhares e Bárbara Soares, que assinam o relatório.

Eles, porém, enxergam espaço para melhorias no segundo semestre devido a custos de insumos mais baixos. A expectativa também é de uma melhora gradual do lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ao longo dos próximos trimestres.

Os motivos para comprar Usiminas (USIM5) 

O Itaú BBA aponta pelo menos três razões que sustentam a recomendação de compra para as ações da Usiminas (USIM5). 

A primeira delas é de que os preços dos insumos, como minério de ferro, diminuíram significativamente nos últimos meses, o que abre espaço para a melhoria nos custos. 

“Com base em nossos cálculos preliminares, que contabilizam um real mais depreciado no segundo semestre e não incluem benefícios adicionais de ganhos de eficiência após o ramp-up do BF #3, prevemos potenciais melhorias de custos nos próximos trimestres”, dizem Daniel Sasson, Edgard Souza, Marcelo Palhares e Bárbara Soares. 

O banco também prevê melhores resultados em 2025 com o benefício de menores custos de insumos, ainda que o desempenho de custos da Usiminas no primeiro semestre tenha sido mais fraco do que o esperado. 

A estimativa do banco é de que o Ebitda atinja R$ 2,8 bilhões em 2025, o que representa um aumento de 51% na comparação anual. 

“Contudo, acreditamos que os investidores poderão permanecer cautelosos até que a redução dos custos se reflita nos resultados”, diz o relatório. 

Os analistas veem um potencial de valorização com base no fluxo de caixa descontado (DCF, na sigla em inglês) e um múltiplo EV/Ebitda de 3,5 vezes para 2025 — “o que parece barato em comparação com os níveis históricos”, escrevem.

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