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Itaú BBA corta preço-alvo da Gerdau (GGBR4) após resultados no 4T24; o que fazer com as ações?

12 mar 2025, 16:36 - atualizado em 12 mar 2025, 16:36
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(Imagem: Facebook/Gerdau)

O Itaú BBA decidiu reduzir sua estimativa de preço-alvo para as ações da Gerdau (GGBR4) para R$ 23, uma queda de 8% em relação ao valor de R$ 25 definido anteriormente. 

O ajuste vem após a divulgação dos resultados operacionais da empresa no quarto trimestre de 2024 (4T24), reportados no final de fevereiro. O lucro líquido da empresa teve queda anual e trimestral, que se traduziu em estimativas menos otimistas para 2025.

Entretanto, o BBA manteve a recomendação de compra para as ações da companhia, devido ao potencial de valorização de cerca de 36%.

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Nova divisão de negócios e estimativas reduzidas para Gerdau 

Segundo analistas do Itaú BBA, a mudança busca refletir a nova configuração das divisões de negócios da empresa, que vai incorporar seu segmento de “Aços especiais BD” no Brasil e na América do Norte a partir do primeiro trimestre de 2025 (1T25).

Para o BBA, a decisão da companhia é acertada, pois aumenta a visibilidade da “verdadeira” exposição da empresa a essas regiões em termos de volumes e receitas. No entanto, o banco ressalta que as margens para ambas as regiões podem diferir do que os investidores têm em mente.

Os analistas acreditam que as margens históricas de Ebitda para a divisão de aços especiais oscilaram entre 20% e 25% no Brasil e em 10% e 15% na América do Norte. 

O banco prevê uma geração de caixa mais fraca para a Gerdau em 2025. A estimativa de Ebitda foi reajustada para R$ 11,0 bilhões, 8% abaixo da previsão anterior. No entanto, o fluxo de caixa deve melhorar a partir de 2026, com uma possível diminuição na alocação de capital para investimentos.

Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.