Itaú BBA acredita que essas techs estão baratas demais para serem ignoradas
As cinco maiores empresas do Vale do Silício – Meta (META;META34), Alphabet (GOGL;GOGL34), Apple (APPL;APPL34), Microsoft (MSFT;MSFT34) e Amazon (AMZN;AMZN34) — tiveram uma temporada difícil, sendo pressionadas tanto pela redução do poder de compra de clientes quanto pelo aumento do custo do capital.
Desde que os respectivos resultados foram divulgados, as ações das big techs perderam em média 15%, colocando em xeque a fama que tinham de ‘paraísos seguros’ para cenários desafiadores.
A sangria das ricas companhias de tecnologia em 2022 coloca uma questão ao investidor: as techs continuarão a derreter, ou poderão se recuperar no médio-prazo?
Para o Itaú BBA, ainda não é hora de desistir das joias do Vale do Silício. Pelo contrário, Amazon e Microsoft e, surpreendentemente, Meta ganharam recomendação de compra pelos analistas.
Meta
As quedas recentes da Meta colocaram a ação da empresa em um patamar considerado justo pela equipe do Itaú. A instituição acredita que, embora o preço atual do papel reflita a tendência baixista que paira sobre a companhia de Mark Zuckerberg, há indícios captados pelo modelo do Itaú que sugerem uma virada de mesa.
O Itaú BBA prevê uma taxa de retorno de 62% no investimento ao longo de três anos, sugerindo a convergência de custos da Meta para 33% do seu Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, taxas, depreciação e amortização na sigla em inglês) em 2026.
Amazon
Na avaliação do Itaú BBA, a companhia de Jeff Bezos tem uma taxa de retorno interno próximo de 20% ao fim dos três próximos anos, índice considerado “bom no papel”.
Isso não significa que a empresa de Bezos não esteja exposta a grandes riscos. O primeiro e principal deles é a evolução de uma recessão na América do Norte, um cenário que hoje parece provável, mas não inevitável. O segundo ponto mencionado pelos analistas do Itaú BBA é a desaceleração da AWS (Amazon Web Services, na sigla em inglês. A divisão da Amazon de serviços de computação em nuvem).
Microsoft
Para a Microsoft, o Itaú BBA é menos confiante, mas ainda assim “dá o benefício da dúvida”. A empresa de Bill Gates tem uma taxa interna de retorno em três anos considerada “razoável”, calculada em 13,7, a despeito do lucro-por-ação (LPA) para o ano fiscal de 2023 ter sido revisado para baixo, em 7%.
O Itaú BBA continua apostando em um crescimento de 20% nos negócios da empresa, ainda que isso signifique mais uma desaceleração de 3% na Azure, o serviço de computação em nuvem da Microsoft.
Um melhor vislumbre do quão a Microsoft poderá entregar ao investidor no médio-prazo poderá ser visto já na próxima temporada.
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