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Itaú abre em queda com resultado abaixo do esperado

31 jul 2018, 11:06 - atualizado em 31 jul 2018, 11:29

Itaú

Por Investing.com – No início da sessão desta terça-feira na bolsa paulista, as ações do Itaú Unibanco (ITUB4) operam com expressiva queda de 2,26% a R$ 45,94. Na noite de ontem, o maior banco privado do país divulgou o balanço do segundo trimestre, que ficou abaixo do esperado pelo mercado. Mesmo assim, os analistas enxergam pontos positivos e boas perspectivas para os papéis ao longo do ano.

Para a XP Investimentos, apesar de levemente abaixo do esperado, o balanço do Itaú traz pontos positivos, o que faz a corretora reiterar a recomendação de compra para o ativo. O resultado divulgado do trimestre, com R$ 17,3 bilhões de margem financeira bruta ficou 2% acima do esperado na comparação com o segundo trimestre do ano passado. Já o lucro líquido de R$ 6,4 bilhões ficou 6% abaixo do esperado pela corretora. Já o ROE foi de 21,6%, sendo que a XP esperava 22,1%.

Assim como nos números do Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11), a inadimplência e as provisões seguiram melhorando, com a última contraindo 4,9% no trimestre e 19,5% no ano. A receita de tarifas ficou em linha com a aposta da corretora, em R$8,7 bilhões e as despesas não decorrentes de juros foram o principal destaque negativo devido a eventos pontuais.

Para os analistas, embora as ações possam reagir negativamente na margem, uma vez que o consenso de lucro líquido estava acima do reportado, acreditamos que o segundo trimestre foi sólido e de qualidade.

A Coinvalores destaca que banco trouxe números saudáveis quando olhamos para a margem financeira com clientes, fruto do bom avanço da carteira de crédito do banco em apenas três meses, e também para as receitas de prestação de serviços e o resultado de seguros, previdência e capitalização, que continuaram a mostrar elevação tanto na comparação trimestral quanto na anual.

Os analistas ressalvam que o lucro líquido do banco ficou praticamente estável na comparação com o 1T18, com leve queda de 0,6%, um pouco aquém do esperado. Isso porque a margem financeira com o mercado, onde estão os números da tesouraria do banco, caiu 22,8% nesses três meses. Além disso, as despesas com PDD voltaram a crescer um pouco, mesmo com queda na inadimplência. Assim como no resultado do Bradesco na semana passada, o lucro do Itaú veio abaixo do esperado, porém outros números da divulgação, como a carteira de crédito, vieram até um pouco acima, e os fatores que pressionaram o lucro nesse trimestre podem ser considerados pontuais. Diante disso, a corretora também mantém recomendação positiva para o banco.

Para a Mirae Asset, no geral o resultado foi ligeiramente abaixo, mas os analistas esperam recuperação ao longo dos próximos trimestres e continuidade ainda em 2018 de um forte dividendo. O ITUB4 negocia a um Cot/VPA de 2,3x, versus 1,9x do BBDC4, refletindo a maior agressividade do ITUB4. A recomendação continua sendo de compra, com upside de 8%.

A Suno Research destaca que pelos números e informações disponibilizadas pelo Itaú em seu resultado, o posicionamento de avaliação da companhia como uma das mais rentáveis do planeta no seu segmento continua e, por conta disso, o modelo de gestão e de criação de valor para o acionista no longo prazo agradam aos analistas. O que eles não gostam, contudo, é do seu preço de cotação, o que coloca numa posição de espera até que boas oportunidades de entrada no ativo possam ser observadas.

Resultado

O Itaú Unibanco teve leve variação no lucro do segundo trimestre, uma vez que maiores receitas com tarifas, com crédito e com vendas de carteiras compensaram os efeitos de maiores despesas com provisões para perdas com inadimplência.

O maior banco privado do país informou nesta segunda-feira que teve lucro líquido recorrente de 6,38 bilhões de reais no período, alta de 3,5 por cento ante igual período de 2017, mas recuo de 0,6 por cento na medição sequencial. As projeções para o ano foram mantidas.

Numa mão, a carteira de crédito evoluiu 3,7 por cento em três meses e 6,1 por cento contra um ano antes, para 623,3 bilhões de reais. A expansão, pontuada pelo foco nas operações que rendem maiores spreads, como no varejo, fizeram a margem financeira com clientes crescer 4,5 por cento na base sequencial, para 15,95 bilhões de reais. A margem com clientes ajustada ao risco subiu de 7,4 para 7,6 por cento no período.

Com Reuters.

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