Israel entra em guerrra após ataques de foguetes do Hamas; mortes passam de 100
Israel anunciou neste sábado (07) que entrou em guerra contra o Hamas depois de afirmar que o grupo islâmico palestino lançou um ataque surpresa de foguetes a partir de Gaza.
Com isso, mais de 100 pessoas já morreram e outras centenas ficaram feridas.
O governo israelense afirmou que o país está em guerra, com exército confirmando combates com militantes em várias cidades em Israel e em bases militares perto de Gaza.
No entanto, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de direita, prometeu retaliar. “Nosso inimigo pagará um preço que jamais conheceu. Estamos em uma guerra e vamos vencê-la”, disse.
Pelo menos 22 israelenses foram mortos no ataque até o momento, informou o serviço de emergência de Israel. Além disso, mais de 540 israelenses ficaram feridos, informou o Ministério da Saúde do país.
O exército israelense disse que respondeu com ataques aéreos em Gaza, onde testemunhas relataram ter ouvido fortes explosões e vários mortos sendo levados para hospitais.
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O ataque marcou uma infiltração sem precedentes em Israel, que nos últimos anos promoveu uma campanha de ocupação da Cisjordânia, por um número desconhecido de homens armados do Hamas que cruzaram a Faixa de Gaza.
A ofensiva marca o ataque mais pesado para Israel no conflito com os palestinos desde os atentados suicidas da Segunda Intifada, há quase duas décadas.
O grupo militante Jihad Islâmica disse que se juntou aos ataques e que mantém vários soldados israelenses em detidos, e as contas do Hamas nas mídias sociais mostraram imagens do que o grupo afirmou serem prisioneiros israelenses sendo levados vivos para Gaza.
As forças armadas israelenses se recusaram a comentar os relatos.
Violência entre Israel e Hamas é crescente
Israel e o Hamas travaram uma guerra de dez dias em 2021. Contudo, a escalada ocorre em um cenário de violência crescente entre Israel e militantes palestinos na Cisjordânia.
Esses militantes, juntamente com a Faixa de Gaza, fazem parte dos territórios onde os palestinos há muito tempo buscam estabelecer um Estado apesar dos esforços contrários de Israel.
Isso também ocorre em um momento de turbulência política no país israelense, que tem sido dilacerado por profundas divisões em relação às medidas para reformar o Judiciário.
Enquanto isso, Washington trabalha para fechar um acordo que normalizaria os laços entre Israel e a Arábia Saudita.
O grupo libanês Hezbollah, apoiado pelo Irã, disse que a operação foi uma “resposta decisiva à ocupação contínua de Israel e uma mensagem para aqueles que buscam a normalização de relações com Israel”.
O ataque ocorreu um dia depois que Israel comemorou o 50º aniversário da guerra de 1973, que levou o país à beira de uma derrota em um ataque surpresa da Síria e do Egito.
*matéria atualizada às 14h39 com o números de mortos