Resultados

ISA Cteep (TRPL4): Lucro salta 63% no 2T24; ‘resultados nos deixam animados’, vê CEO

31 jul 2024, 18:59 - atualizado em 01 ago 2024, 10:27
isa cteep
Em entrevista ao Money Times, o CEO da Isa Cteep, Ruy Chammas, diz que a empresa segue no caminho para entregar o que prometeu (Imagem: Divulgação)

A ISA Cteep (TRPL4) encerrou o segundo trimestre de 2024 com lucro líquido de R$ 425,6 milhões, alta de 63% em relação ao mesmo período do ano passado, mostra balanço publicado nesta quarta-feira (31).

  • Resultados do 2T24 trarão mais dividendos do setor elétrico? Veja o que pensam os analistas da Empiricus Research – é só clicar AQUI.

Apesar disso, o número ficou abaixo do esperado pelo consenso da Bloomberg, que aguardava R$ 499 milhões.

Em entrevista ao Money Times, o CEO da Isa Cteep, Rui Chammas, diz que a empresa segue no caminho para entregar o que prometeu, ou seja, estratégia de crescimento a partir de uma excelência operacional.

A elétrica também mostrou evolução em outras linhas, como receita líquida, que subiu 24,7%, para R$ 1,1 bilhão, e Ebitda, que mede o resultado operacional, de R$ 891 milhões, alta de 30%.

No relatório, a empresa cita o reajuste do ciclo tarifário de 2023 e 2024, que trouxe como principais variações a recomposição da receita de RBSE (rede básica sistema existente) e a energização de dois projetos — Itaúnas (integralmente em novembro/23) e Triângulo Mineiro (agosto/23). Houve ainda início de 67 projetos de reforços e melhorias nos últimos 12 meses.

“Isso mostra que seguimos avançando numa estratégia de criação de valor que tem hoje um portfólio a ser realizado de Capex (investimentos) de R$ 15 bilhões, que vamos investir para modernizar e reforçar a malha que temos no estado de São Paulo e 10 em novas concessões”, destaca Chammas.

Atualmente, a empresa possui 35 concessões, sendo que sete estão em construção. Esses ativos somam R$ 10 bilhões em investimentos.

“Os resultados nos deixam animados, os projetos seguem avançando, o custo da dívida, que é uma responsabilidade nossa, gestão disciplinada financeira, trouxe uma melhora importante no resultado financeiro”, destaca. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Dividendos e Eletrobras

Questionado sobre os dividendos, Silvia Diniz Wada, diretora-executiva de finanças e relações com investidores, diz que a empresa vai cumprir com o estabelecido na política, que prevê payout (parte do lucro reservado para dividendos) de 75%.

Outro ponto de atenção do investidor, a venda da participação da Eletrobras (ELET3), porém, não é algo que ‘tire o sono’ dos executivos. O CEO saudou, inclusive, a operação, que levantou R$ 2,18 bilhões. Ao todo, a empresa, vendeu 93 milhões de ações, incluindo lote adicional de 33 milhões, passando a deter 21% do capital, antes em 35%.

“Foi um sucesso, teve muita demanda pela ação”, explica. Questionado sobre a queda do papel na bolsa, que derreteu 11% entre 10 e 25 de julho, Chammas diz que os fundamentos da companhia continuam os mesmos.

“Se o mercado percebia que os fundamentos da companhia tinham dado valor em um dado momento, não há o porquê isso ter algum tipo de alteração. Ao contrário, quanto mais liquidez, naturalmente, mais facilmente, a ação vai achar o seu preço justo, alinhado com os fundamentos”, destaca.

Outra vantagem, segundo Chammas, é que a empresa poderá ganhar maior relevância no Ibovespa, “o que cria um pouco mais de demanda passiva, pressionando positivamente a valorização”.

“Acho que foi positivo para todo mundo. Para a Eletrobras, que vendeu acima do volume, e para nós, que ganhamos uma base de acionistas no mercado mais ampla”, completa.