ISA Cteep (TRPL4): CEO saúda venda de ações da Eletrobras (ELET3) e vê ponto de atenção no setor
Apesar de ter derrubado as ações da ISA Cteep (TRPL4), a venda da fatia da Eletrobras (ELET3) na companhia foi saudada pelo CEO Rui Chammas. Ao todo, a ex-estatal vendeu 93 milhões de ações, incluindo lote adicional de 33 milhões, passando a deter 21% do capital da elétrica, antes em 35%.
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“Foi um sucesso, teve muita demanda pela ação”, afirmou ao Money Times.
Questionado sobre a queda do papel na bolsa, que derreteu 11% entre 10 e 25 de julho, Chammas diz que os fundamentos da companhia continuam os mesmos.
“Se o mercado percebia que os fundamentos da companhia tinham dado valor em um dado momento, não há o porquê isso ter algum tipo de alteração. Ao contrário, quanto mais liquidez, naturalmente, mais facilmente, a ação vai achar o seu preço justo, alinhado com os fundamentos”, destacou.
Outra vantagem, segundo Chammas, é que a empresa poderá ganhar maior relevância no Ibovespa, “o que cria um pouco mais de demanda passiva, pressionando positivamente a valorização”.
“Acho que foi positivo para todo mundo. Para a Eletrobras, que vendeu acima do volume, e para nós, que ganhamos uma base de acionistas no mercado mais ampla.”
Ponto de atenção para setor elétrico
Segundo o CEO, ao mesmo tempo que o Brasil tem um excesso de energia, a carga em São Paulo começa a dar sinais de que pedirá ainda mais investimentos para o futuro.
Ele cita novas demandas, como crescimento de data centers, industrialização e mobilidade urbana. Atualmente, a ISA possui pipeline de investimentos que chega a R$ 15 bilhões.
“Estamos muito atentos a essa revolução para garantir que, além de R$ 5 bilhões que a gente vai investir nos próximos 5 anos, a gente planeje adequadamente o crescimento da infraestrutura de base para os anos subsequentes. É estar atento ao planejamento após esses primeiros 5 anos, onde a gente já tem consolidado uma carteira importante aqui do estado de São Paulo”, coloca.
Nesta quarta-feira, a empresa anunciou lucro líquido de R$ 425,6 milhões, alta de 63% em relação ao mesmo período do ano passado.
Apesar disso, o número ficou abaixo do esperado pelo consenso da Bloomberg, que aguardava R$ 499 milhões.
A elétrica também mostrou evolução em outras linhas, como receita líquida, que subiu 24,7%, para R$ 1,1 bilhão, e Ebitda, que mede o resultado operacional, de R$ 891 milhões, alta de 30%.