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IRB(Re) (IRBR3): JP Morgan rebaixa ação para venda e aponta 3 motivos para isso; veja quais seguradoras o banco indica

11 set 2024, 10:16 - atualizado em 11 set 2024, 10:16
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JP Morgan corta classificação do IRB(Re) para underweight (Imagem: Facebook/IRB(Re))

O JP Morgan rebaixou a classificação do IRB(Re) (IRBR3) para underweight, equivalente à venda. O preço-alvo por ação indicado até o fim de 2025 permanece em R$ 44.

Após a companhia acumular uma alta de 28% desde maio, contra avanço de 4% do Ibovespa (IBOV), o corte da recomendação para venda ocorre por uma combinação de três fatores:

  • Espaço limitado para surpresa de lucros com consenso já em 26% do RoTE (retorno sobre o patrimônio líquido tangível) para 2025;
  • Avaliação de 7,7x P/L 25E no prêmio frente todos os bancos tradicionais (incluindo Itaú ~7,5x ex-dividendo) e em linha com a Porto Seguro;
  • Em média 10% de queda implícita no preço-alvo de R$ 44.

Para os analistas, embora o momento forte do mercado de resseguros (com disciplina de precificação) e uma maior taxa Selic devam dar suporte aos resultados do IRB, essa dinâmica deve diminuir ao longo de 2025.

“Além disso, o crescimento dos prêmios da indústria tem sido leve, desacelerando para 2% na base anual — arrastado pelos prêmios no encolhimento do agronegócio — e deve limitar o crescimento ascendente em nossa visão. Vemos o IRB sendo negociado a 7,7x P/E 25E ou 1,6x P/BV 24E ex-créditos fiscais NPV”.

Entre as seguradoras, o JP Morgan continua tendo preferência por Porto Seguro (PSSA3), seguido por BB Seguridade (BBSE3), Qualitas e, por último, o IRB.

IRB com espaço limitado para surpresas

O JP Morgan argumenta que há um espaço limitado para surpresas por parte do IRB, ponderando que, quando subiram a recomendação para neutra, em maio, viram uma combinação de melhoria da lucratividade e impacto irracional das inundações no Rio Grande do Sul implícitas no desempenho das ações.

No entanto, destacam que, agora, o consenso da Bloomberg já subiu em ~10-15% para R$ 520 milhões em lucros em 2025, frente estimativa de R$ 513 milhões do banco, o que avaliam como um limitante para surpresas.

“Notavelmente, considerando os créditos fiscais de R$ 2,7 bilhões do IRB, os números do consenso implicam que a empresa está operando com retorno sobre o patrimônio líquido tangível em ~25% para o próximo ano. Embora próximo ao nosso caso base, vemos assimetria mais para o lado negativo em relação a essa expectativa do que para o lado positivo”.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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