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IRB(Re) (IRBR3): BTG eleva indicação para compra após ‘grande surpresa positiva’ no 2T24; ações disparam 30%

15 ago 2024, 11:31 - atualizado em 15 ago 2024, 17:29
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IRB(Re) lidera as altas do Ibovespa, após divulgar balanço do segundo trimestre de 2024 (Imagem: Money Times/Renan Dantas)

O balanço do segundo trimestre de 2024 (2T24) do IRB(Re) (IRBR3) foi uma “grande surpresa positiva” para os analistas do BTG Pactual. O banco atualizou a recomendação de neutra para compra e elevou o preço-alvo para as ações de R$ 32,52 para R$ 40 — com potencial de valorização de 23% em relação ao preço de fechamento anterior.

Os números aparentam ter agradado o mercado, tendo em vista que as ações da resseguradora chegaram a disparar mais de 22% na primeira hora de pregão desta quinta-feira (15), liderando as altas do Ibovespa (IBOV).

Os papéis da resseguradora subiram 30,66%, a R$ 42,49 nesta quinta-feira (15).



Para os analistas do BTG, as perspectivas sobre as ações da companhia já estavam melhorando nas últimas semanas, com o impacto menor do que o esperado das inundações do Rio Grande do Sul e as expectativas de resultados mais fortes com o potencial aumento da taxa Selic.

Contudo, o gatilho para a revisão da recomendação foram os resultados do segundo trimestre, reportados após o fechamento do mercado na quarta-feira (14). O IRB(Re) registrou lucro líquido de R$ 65,2 milhões.

O montante representa um salto de 224,6% ante o mesmo período de 2023, quando lucrou R$ 20,2 milhões. A cifra superou as estimativas do mercado, uma vez que o consenso reunido pela Bloomberg apontava para um ganho de R$ 24 milhões no período.

Embora os analistas do BTG reconheçam que as perdas possam aumentar, o IRB conta com seguro de retrocessão para sua proteção e os analistas acreditam que o segundo trimestre apresentou redução do risco, suportando a atualização para compra.

O banco pontua que ainda precisa atualizar os números para incorporar os resultados do segundo trimestre, ouvir a teleconferência, provavelmente fazer um follow-up com a administração e ajustar a curva de juros nas estimativas, o que deve dar suporte aos resultados financeiros.

“Mas com o IRBR3 sendo negociado a 0,6x o valor contábil mais recente (1,5x se apenas usando o livro tangível), queda de 26% no acumulado do ano contra uma média de +16% para seu grupo de seguros BBSE, CXSE e PSSA (Banrisul, o estado do RS), acreditamos agora que a assimetria está fortemente distorcida para cima.”

Genial tem visão mais cautelosa sobre IRB

Para analistas da Genial Investimentos, a resseguradora registrou um resultado fraco no segundo trimestre de 2024, devido ao impacto negativo das enchentes no Rio Grande do Sul.

Os analistas comentam que houve uma recuperação significativa em relação aos baixos níveis de lucro do ano anterior, principalmente nas linhas de sinistros e resultado financeiro. No entanto, em termos de rentabilidade, o ROE continuou fraco em apenas 6,1%, uma queda de 1,3% na base trimestral e avanço de 4,2% na base anual.

“O segundo semestre pode trazer resultados melhores do que o esperado, desde que não haja novos impactos significativos das enchentes no Rio Grande do Sul e o índice de comissionamento melhore de fato de 30% para 20% após o encerramento, em junho, do contrato que havia prejudicado a rentabilidade de curto prazo”, afirmam.

Embora vejam sinais de melhora nos resultados, entendem que o impacto das enchentes deve consumir parte da recuperação operacional esperada para 2024. Dessa forma, por ora, a Genial reitera a recomendação de manter, com preço-alvo de R$ 34,30.

“Consideramos que a empresa está negociando a múltiplos justos para uma companhia de capital intensivo, com uma rentabilidade (ROE de 6,1%) ainda bem abaixo do seu custo de capital (Ke de 16,6%). A empresa está negociando a 9,5x P/L para 2024, 6,1x P/L para 2025 e 0,7x P/VP para 2024.”

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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