IRB tem um longa jornada pela frente, mas está em um bom ponto de partida
O BTG Pactual reavaliou a situação do IRB (IRBR3) e acredita que a pior parte da sua crise já passou, mas a jornada, no entanto, provavelmente será longa.
“Esperamos agora que o IRB relate um prejuízo líquido de R$ 810 milhões em 2020. Devido à combinação de uma receita líquida mais fraca, um índice de perda mais alto e uma maior contagem de ações (aumento de capital), nossa estimativa de EPS para 2021 e 2022 diminui 64% e 51%. Esperamos ROE de ~ 6% em 2021, 9% em 2022 e 12% em 2023”, afirmou o BTG.
De acordo com eles, espera-se que a empresa realiza um processo de limpeza da casa nos próximos meses, com o objetivo de conseguir melhores resultados no longo prazo.
Além disso, o IRB mudará seu foco para o setor premium no Brasil, onde sua vantagem competitiva é maior, respaldada por um vasto banco de dados histórico e expertise técnica, e reduzirá a exposição ao portfólio internacional.
“Tudo incluído, e embora reconheça que a visibilidade continua baixa, a empresa definitivamente parece em muito melhor forma hoje. Em nossa opinião, o aumento de capital foi muito bem-sucedido, considerando todos os aspectos, e a lacuna de liquidez regulatória parece estar a caminho de ser 100% resolvida em um futuro não muito distante”, afirmaram os analistas.
Com isso, a recomendação para as ações é neutra, com preço-alvo de R$ 6.