IRB (IRBR3): Posição ‘short’ recua 13,8 pontos em 15 dias, diz XP; Fundo do poço?
As ações do IRB (IRBR3) continuam liderando as posições vendidas da bolsa (short), informa a XP em relatório, mas houve uma redução de 15 pontos percentuais em comparação com levantamento de 26 de agosto.
Veja na tabela abaixo:
Segundo o monitor, que analisa a atividade de venda a descoberto (‘short selling’) das 263 ações negociadas na bolsa que são líquidas e envolvidas em operações vendidas, o IRB possui um ‘short interest’ de 12,7%, mas uma taxa de aluguel de 56,5%, acima do segundo colocado, o TC, com 48,6%.
A taxa de aluguel é um indicativo de posições vendidas, já que é por meio desse instrumento que investidores apostam na queda dos papéis.
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As ações do IRB foram amplamente ‘shorteados’ sobretudo neste ano, após a divulgação de prejuízos recorrentes, o que forçou a seguradora a realizar uma oferta de ações.
Para a Eleven, a oferta diminuirá a pressão vendedora sobre o IRB, uma vez que os recursos captados regularizam o desenquadramento regulatório perante a Susep.
“O nível de incerteza ainda é elevado e o cenário turbulento deverá permanecer por mais alguns trimestres”, dizem os analistas Carlos Daltozo e Raul Grego Lemos, que assinam o relatório.
Fundo do poço?
Na semana passada, a BlackRock, uma das maiores gestoras do mundo, informou que havia comprado mais ações do IRB, elevando sua participação acionária acima dos 5%.
Já o JPMorgan disse que após desabar 70% do ano, contra alta de 6% do Ibovespa, o IRB negocia a múltiplos mais consistentes.
“Após a recente correção do preço das ações, vemos o IRB sendo negociado a 0,9x BV tangível mais créditos fiscais de VPL, mais consistente em nossa visão com o ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) esperado de longo prazo de 14-18% do negócio”, calcula.
Apesar disso, BTG Pactual derrubou o preço-alvo da companhia de R$ 1,70 para R$ 1,30.
Os analistas Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel dizem que o IRB voltou a ficar “investível” após a oferta de ações de R$ 1 bilhão.
Com isso, o trio não quer dizer que a recomendação é de compra (o BTG manteve a indicação neutra), mas que com uma nova equipe, um portfólio reciclado, melhor governança, mais capital e uma marca forte, o IRB pode ser investido novamente.
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“Embora o follow-on seja um evento chave, não temos boa visibilidade sobre o que esperar. Se perder o grau de investimento, poderá forçar seguradoras e resseguradoras globais a deter mais capital para operar com o IRB, atingindo lucratividade”, escreverem.
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