IRB (IRBR3): Por que ação que já salta 53% no ano dispara mais 17% nesta quarta (16)?
As ações do IRB (IRBR3) disparavam 17,14%, cotadas a R$ 46,34, por volta das 12h20 do pregão desta quarta-feira (16). O otimismo do mercado em relação aos papéis vem com a elevação da recomendação do Citi, de acordo com analistas.
Em relatório, o banco alterou a indicação de IRBR3 de venda para neutra, assim como ajustou o preço-alvo de R$ 25 para R$ 40. Os analistas apontam que a redução do risco de capital dá menos razões para serem vendedores da resseguradora.
Além disso, ontem (15), o Inter Reserach também elevou a recomendação das ações para neutro, mantendo o alvo em R$ 36. O ajuste ocorreu devido à “boa evolução observada, principalmente, na sinistralidade e suficiência regulatória”, dizem os analistas.
As atualizações dos bancos, vem após o IRB divulgar lucro de R$ 20 milhões, com 2% de retorno sobre patrimônio médio (ROAE), no segundo trimestre do ano. A companhia reverteu o resultado negativo de R$ 373,3 milhões de 2022, o que não era totalmente fora do esperado por conta dos dados mensais da Susep.
O IRB surfa uma maré positiva este ano. Até o último fechamento (15), as ações da companhia acumulam valorização de mais de 53%, já com o salto de 17% hoje, esse valor sobe para cerca de 79%.
IRB no 2T23
Na análise do Inter, o IRB teve um bom desempenho operacional no segundo trimestre, apesar do benefício fiscal por conta de prejuízos passados ter beneficiado o bottom-line.
Isso trouxe uma boa tendência na sinistralidade, com a redução das despesas com sinistros tanto no Brasil quanto no exterior, que compensaram a queda nos prêmios emitidos, avalia o analistas Matheus Amaral.
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Além disso, o IRB ampliou seu nível de suficiência regulatória, dado a redução dos sinistros e prêmios, “o que pode trazer maior conforto para a companhia ao longo da sua recuperação”, diz Amaral.
Por outro lado, o analista ainda observa um baixo nível de rentabilidade e prêmios em queda, que seguem refletindo a reestruturação da companhia.
Ele espera algum movimento de inflexão mais claro só em 2024, à medida que a companhia se livra de contratos não-rentáveis, que ainda impactam seu balanço, e deve começar a mostrar crescimento em prêmios.
*Com informações da Reuters