IRB (IRBR3) perde R$ 1,70 do preço-alvo do Safra com recuperação cada vez mais atrasada
O Safra cortou o preço-alvo do IRB (IRBR3) de R$ 4,8 para R$ 3,10, incorporando um cenário macroeconômico mais severo e uma taxa de desconto mais estressada. A recomendação é neutra.
Segundo os analistas, os resultados têm decepcionado as estimativas, sugerindo que a recuperação da companhia está demorando mais do que o esperado.
Apesar de ter aumentado as estimativas de receita, os sinistros altos ainda pesam, coloca o Safra.
“Portanto, diminuímos fortemente nossas estimativas de lucro para este ano e reduzimos ligeiramente para 2023”, completa.
Além disso, o Safra derrubou em 71% a estimativa para o lucro líquido do IRB em 2022.
“Aumentamos o custo de capital próprio do IRB para 13,3%, após um aumento de 50 bps (pontos-base) em nossa premissa de Taxa Livre de Risco, refletindo o ambiente geral de risco mais alto no Brasil”, completa.
Pelos cálculos dos analistas, a resseguradora está sendo negociado a 0,9x P/VP (preço sobre valor patrimonial) para 2022, em linha com empresas globais do segmento com operação local no Brasil.
“Diante dos resultados operacionais ainda pressionados, a exigência de capital do IRB se deteriorou nos últimos trimestres. O IRB está analisando algumas alternativas para levantar capital, como a venda de ativos, ou emissão de dívida, ou mesmo aumento de capital”, lembra.
Em outro relatório, o BB Investimentos também demonstrou preocupação com o empresa.
“O patamar de sinistralidade, crucial para entendermos a sustentabilidade do negócio em si, permanece em níveis punitivos aos resultados da companhia e, mesmo quando expurgados os efeitos dos contratos descontinuados (run-off), o prognóstico para essa dinâmica não anima”, colocam os analistas Rafael Reis e Luan Calimerio.
Principais riscos do IRB
O Safra reitera que as preocupações com o ritmo de recuperação operacional da empresa ainda são os principais riscos de curto prazo da tese do IRB.
Além disso, banco levanta quatro riscos que a empresa oferece. Veja:
- Uma queda acentuada nas taxas de juros deve trazer redução do resultado financeiro;
- Ambiente competitivo;
- Aumento da taxa de sinistros;
- Risco político envolvendo golden share.
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