IRB (IRBR3) perde R$ 1 bilhão desde anúncio de oferta de ações; é hora de vender?
O IRB (IRBR3) perdeu R$ 1 bilhão em valor de mercado desde o dia 25 de agosto, quando anunciou sua oferta de ações, mostra levantamento elaborado por Einar Rivero, do TradeMap.
Segundo a plataforma, no dia 25, a empresa valia na bolsa R$ 2,5 bilhões. A resseguradora terminou a sessão de hoje valendo R$ 1,5 bilhão.
Para efeito de comparação, isso equivale a três Neogrid (NGRD3), que possui R$ 436 milhões em valor de mercado.
Só na sessão desta sexta-feira (02), o papel derreteu 12,8% após precificar a oferta de ações em R$ 1 na noite de quinta. Analistas dizem que isso será suficiente para se adequar ao capital mínimo exigido pelo Susep.
No entanto, a questão é saber se a empresa continuará queimando caixa.
Lembrando que o IRB já realizou uma oferta de ações em 2020. Porém, a empresa não conseguiu segurar a queima de caixa.
É hora de vender o papel?
Mesmo que as corretoras mantenham o ceticismo com papel, pelo menos duas casas, Inter e Eleven, mantiveram a recomendação neutra.
Isso significa que os analistas indicam que o investidor que estiver comprado no papel, mantenha a posição e quem está fora, não compre.
Para a Eleven, o elevado desconto da oferta já era esperado e deve diminuir a pressão vendedora sobre o papel, uma vez que os recursos captados regularizam o desenquadramento regulatório perante a Susep.
“O nível de incerteza ainda é elevado e o cenário turbulento deverá permanecer por mais alguns trimestres”, dizem os analistas Carlos Daltozo e Raul Grego Lemos, que assinam o relatório.
A Eleven estabeleceu em R$ 1,4 o preço-alvo do IRB.
Já o Inter Research cortou, em menos de uma semana, o preço-alvo empresa para R$ 1,20, antes em R$ 2.
“A nova precificação trouxe um efeito neutro, basicamente no meio do potencial de preços da oferta, onde o preço indicativo era de R$ 2,01 (melhor cenário para o IRB) com um limite de sair a R$ 0,67 (pior cenário para o IRB)”, disse.
Venda de imóveis
Além disso, o IRB também comunicou dois movimentos positivos na gestão de capital, como a venda da sede da companhia no Rio de Janeiro, pelo valor de R$ 85,3 milhões, e o acordo judicial com a Casashopping no valor de R$ 100 milhões a serem pagos ao IRB Brasil.
“Somados, o valor da emissão com os imóveis, trazem um reforço de R$ 1.385,3 bilhão ao capital da companhia, que atende aos requisitos regulatórios e traz um conforto para apoiar seu crescimento”, destaca.
No entanto, o Inter não vê tanta gordura na solvência, “que se considerarmos o CMR do 2T22 e o PLA do 2T22 acrescidos deste montante adicional teríamos cerca de 146% de solvência, que não permite uma sequência de prejuízos nos próximos resultados, como vimos ao longo dos últimos trimestres”.
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