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IRB (IRBR3): O que muda para a empresa até o fim deste ano

26 fev 2023, 17:55 - atualizado em 26 fev 2023, 17:55
IRB BRASIL IRBR3
Para analistas, o índice de sinistralidade do IRB deve chegar a 82% em 2023. (Imagem: Youtube/IRB)

Às vésperas da divulgação do balanço do IRB Brasil (IRBR3) referente ao quarto trimestre do ano passado, a Genial Investimentos adiantou que tem a expetativa já para 2023 de um lucro líquido de R$ 193 milhões para a resseguradora, frente ao esperado prejuízo de R$ 824 milhões para o ano passado.

A Genial, no entanto, reiterou a recomendação de venda para o papel, com preço-alvo de R$ 21,50. A corretora disse que não consegue enxergar uma previsibilidade da melhora dos resultados de forma “consistente e saudável”.

Segundo a corretora, o IRB deve registrar um crescimento de 9% nos prêmios emitidos ao longo deste ano, por conta da base comparativa fraca do ano anterior. O resultado, de acordo com analistas da corretora, será puxado principalmente pelos produtos rural, vida e patrimonial.

“Para os sinistros, esperamos uma melhora significativa devido a recuperação do rural, que foi muito impactado em 2022 com duas quebras consecutivas de safra e uma melhora no âmbito do vida devido ao menor impacto da Covid”, disse em relatório assinado por Eduardo Nishio e Wagner Biondo.

Para eles, o índice de sinistralidade do IRB deve chegar a 82% em 2023, uma melhora de 22 pontos percentuais a frente aos 104% de 2022, “resultando em um índice combinado ainda alto de 113%”. “Também estimamos um resultado financeiro melhor devido a permanência da Selic em patamares elevados”.

A Genial avalia que o IRB deve, no entanto, ter um resultado de subscrição ainda pressionado no primeiro semestre de 2023, “espremidos pela sinistralidade alta e agravada pelo baixo crescimento de prêmios”.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.