IRB (IRBR3): O que fazer com o papel após a oferta de ações?
O processo de capitalização do IRB (IRBR3) reforça a confiança na companhia, principalmente pela participação dos maiores acionistas, mas enfrenta um mercado cauteloso em relação à compra dos papéis, avalia Waldir Morgado, sócio da Nexgen Capital.
A resseguradora fixou seu preço de emissão por ação em R$ 1, nesta sexta-feira (2), emitindo 1,2 bilhão de ações — um aumento de capital de R$ 1,2 bilhão.
O número de novos papéis significa um lote adicional de mais de 100% da oferta inicial de 598 milhões de ações, metade do limite do adicional previsto.
A precificação traz um desconto de 28,5% no preço dos ativos em relação ao fechamento de quinta-feira (1), quando valia R$ 1,40.
Como fica as ações do IRB após a oferta?
De acordo com a corretora Guide, a entrada dessas ações a R$ 1 leva a um volume relevante de venda, gerando uma sobrevenda, ou até mesmo uma tendência negativa dos preços de mercado a se adequar ao preço dos novos papéis antes da efetiva liquidação para os investidores, nos dias 05 e 06 de setembro.
Nesta manhã, o IRB abriu o pregão em leilão, chegando a um desconto de 23%. Já às 12h10, as ações da companhia recuavam 10%, a R$ 1,26, ainda sofrendo com essa pressão vendedora.
A corretora afirma que, com a capitalização, a companhia conseguirá se adequar às exigências de capital e provisão da Superintendência de Seguros Privados (Susep), porém com uma margem pequena para novos investimentos.
“O desafio a frente para o IRB é equilibrar a questão da sinistralidade na carteira, que atualmente está muito alta, próxima a 100%”, analisa Morgado, da Nexgen.
Por fim, o especialista avalia que, apesar da confiança dada à companhia, o mercado aguarda os primeiros resultados pós follow-on para, então, se posicionar a favor das ações.
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