IRB (IRBR3): O adeus do Credit Suisse à ação

O Credit Suisse optou por encerrar a cobertura das ações do IRB Brasil (IRBR3) alegando “realocação de recursos”, depois de promover um corte drástico no preço-alvo do papel, de R$ 3,35 para R$ 0,70. A recomendação é “underperform” – desempenho abaixo do mercado.

A nova estimativa é divulgada depois de o banco considerar a oferta subsequente, incorporar uma perspectiva de ganhos mais “difícil” e levar em conta os juros mais altos, segundo segundo relatório assinado por Marcelo Telles e Daniel Vaz.

Para os analistas, a perspectiva para a empresa ainda é “desafiadora” apesar dos esforços da administração. Eles veem um espaço limitado para a empresa crescer ou mesmo absorver novas perdas líquidas potenciais, atendendo às necessidades regulatórias.

“Agora projetamos que o caminho para a lucratividade do IRB levará mais um ano, com estimativa de prejuízo líquido em 2022 de R$ 764 milhões e de R$ 113 milhões em 2023, contra estimativas anteriores de R$ 29 milhões de prejuízo líquido e R$ 226 milhões de lucro líquido, respectivamente”.

Após o recente aumento de capital, o IRB passou a operar com capital de giro de R$ 154 milhões a partir do terceiro trimestre, atendendo às exigências regulatórias. No entanto, os resultados foram pressionados com um aumento do nível de perdas, entregando saídas de caixa operacionais sequenciais.

A ação do IRB subia 5,19% por volta das 15h15 desta terça-feira (20), a R$ 0,81, em um dia positivo para o Ibovespa, que avançava mais de 2%.