IRB (IRBR3) despenca após reestreia positiva no Ibovespa, mas há ‘luz no fim do túnel’
Após saltarem mais de 8% na reestreia no Ibovespa (IBOV), as ações do IRB (IRBR3) figuravam entre as maiores baixas do pregão desta quarta-feira (3). Às 11h25, os papéis recuavam 5,77%, cotados a R$ 32,17.
Ainda nesta manhã, IRBR3 entrou em leilão — quando uma ação é negociada fora do pregão tradicional para manter equilíbrio entre oferta e demanda — e chegou a despencar mais de 7%.
As ações da resseguradora ficaram de fora do principal índice da B3 por quatro meses — de janeiro a abril de 2023. Mas, na semana passada, IRBR3 foi reintegrada à nova carteira do Ibovespa, que vale até 1 de setembro.
De acordo com o analista da Benndorf, Niels Tahara, a queda dos ativos na sessão de hoje é um “movimento corretivo”, não só da alta de ontem (2), mas também do otimismo dos últimos meses.
O IRB apresentou dois meses consecutivos de lucro, de acordo com a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). Os números reduziram a percepção de risco e as perspectivas da companhia, levando a um bom movimento das ações, diz Tahara.
No entanto, a empresa segue pressionada em suficiência de capital regulatório e em resultado operacional, com o índice de sinistralidade também em alta — o que leva à correção de hoje.
IRB em melhor forma
Na análise do BTG Pactual, com as sinalizações positivas nos últimos meses, o IRB está em “melhor forma”. Pode-se esperar um segundo trimestre potencialmente melhor e uma multa bem abaixo do esperado do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ, na sigla em inglês).
Embora a visibilidade para uma “lucratividade sustentável” ainda seja pequena, os analistas acreditam que a luz no fim do túnel está cada vez mais próxima.
Por hora, o banco segue “neutro” com a resseguradora, citando mais uma vez a baixa visibilidade, além do balanço esticado. O preço-alvo sugerido é de R$ 21.
Já a Benndorf indica venda das ações do IRB. Isso porque “ainda há um grande trabalho a ser feito”, além de existir a possibilidade da companhia necessitar de um novo aumento de capital para requisito regulatório, caso volte a apresentar prejuízos.