IRB (IRBR3): Após 2T23 e novo CFO, é o momento de comprar a ação?

O IRB Brasil (IRBR3) está com prêmios significativamente menores, o que é ruim para os resultados de subscrição, avaliou o BTG Pactual, que reiterou a recomendação de venda para o papel.

Os prêmios emitidos caíram 17,2% no segundo trimestre, a R$ 1,39 bilhão, pressionados pelo segmento patrimonial no Brasil (-13,2%).

“Com a taxa Selic em queda, não projetamos uma recuperação rápida na linha de resultados financeiros”, disse em relatório assinado por Eduardo Rosman e equipe, apontando um preço-alvo de R$ 40 em 12 meses.

O banco já havia rebaixado a recomendação para o IRB em julho e, desde então, a ação caiu 20%. No entanto, a instituição disse que o preço atual segue pouco atrativo. “Esperamos uma recuperação lenta nos resultados”, comentou.

Procurado pelo Money Times, o IRB disse que prefere não comentar a análise.

Os analistas da instituição, no entanto, viram como positiva a nomeação do CFO Rodrigo Botti, que substitui hoje Marcos Falcão, interino desde março.

O BTG lembrou que o Investor Day será realizado no final de agosto, no Rio, e disse que no evento a empresa deve apresentar mais detalhes sobre o plano de recuperação.

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O 2T23 do IRB

Na véspera, o IRB divulgou um lucro líquido de R$ 20 milhões, com 2% ROE, resultado que não era totalmente fora do esperado por conta dos dados mensais da Susep, de acordo com analistas.

O BTG ponderou que o IRB continua reprecificando seu portfólio e reorientando sua exposição ao Brasil, o que significa que continua a “encolher”, com prêmios ganhos de R$ 1,02 bilhão (-15% t/t; -24% a/a; 20% abaixo da projeção).

A empresa já tem 71% de seu portfólio no Brasil e pretende chegar a 80%. “O resultados de subscrição foram piores do que o esperado, afetados por maiores despesas operacionais. Esperávamos melhores resultados de subscrição do setor agrícola, mas isso não se concretizou”, disse.

O caixa consumido pelas operações do IRB totalizou R$ 171,6 milhões, ante uma queima de R$ 475,6 milhões no segundo trimestre de 2022.

O IRB encerrou 2023 com valor contábil de R$ 4,1 bilhões. Mas o patrimônio líquido ajustado (usado para calcular o excedente de capital regulatório) foi de apenas R$ 1,8 bilhão, uma vez que exclui R$ 2,4 bilhões em ativos fiscais diferidos (DTAs) e alguns outros ajustes.