IRB (IRBR3): 3 motivos para vender ação agora; “Perspectivas não são boas”, diz BB
O BB Investimentos rebaixou a recomendação do IRB Brasil (IRBR3) de neutra para venda após a divulgação dos resultados trimestrais.
Segundo os analistas Luan Calimerio e Rafael Reis, os números da resseguradora decepcionaram e a recuperação da companhia pode demorar mais do que o previsto.
“Pela percepção de incremento ao risco de carregamento de posição frente à realidade de companhia, que em última análise, permanece fragilizada, e ainda considerando que uma das alternativas implica na participação dos minoritários em eventual follow on caso não queiram ser diluídos, tiramos a recomendação”, completa.
Veja a seguir três motivos que sustentam o pessimismo do BB.
1 – Resultados ruins do IRB
Na visão da dupla, o IRB entregou resultado negativo, com prejuízo líquido de R$ 373,3 milhões, 80% maior do que o prejuízo de R$ 206,9 milhões no 2T21, impactado principalmente por um menor recebimento de prêmios e por um maior pagamento de sinistros.
O volume de prêmios emitidos no segundo trimestre foi de R$ 1.685 bilhão (-22,0% a/a), explicado, principalmente:
- no Brasil, pela não renovação de contas facultativas e reposicionamento de participação no ramo patrimonial;
- no exterior, por ajustes realizados no portfólio, menor exposição global, saída de contratos e redução de participação em determinados riscos;
O índice de sinistralidade foi de 124,2%, impactado negativamente por eventos climáticos atípicos que afetaram os contratos de Riscos Rurais.
2 – Questões regulatórias
Com mais um prejuízo na mesa, o IRB terá que tomar medidas para reforçar sua estrutura de capital, dentre as quais, mas não limitadas a, possíveis:
- operações estruturadas de retrocessão ou transferência de carteira em run-off;
- vendas de participações imobiliárias e societárias; e
- subscrição de novas ações;
3 – Perspectivas ruins
Por fim, o BB coloca que o plano de saneamento de negócios e o resgate da liquidez regulatória implantado pela companhia ainda em 2020 trouxeram alento e o benefício da dúvida, à época.
Porém, os analistas sustentam que passados mais de dois anos, e sucessivos prejuízos, existe pouca visibilidade quanto à sustentabilidade da própria operação do IRB, com larga pressão da sinistralidade sobre o resultado.
“Salientamos que nosso valuation encontra seu valor a partir da projeção de melhoria na sinistralidade – de 83% em 2022 normalizando a 73% até 2028 – o que julgamos essencial para a saúde operacional e consequentemente liquidez da companhia, mas reconhecemos que tal assunção encontra cada vez menos base em evidências. “, completa.
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