IRB: Credit Suisse corta preço-alvo de R$ 7,50 para R$ 5, diante de cenário “desafiador”
O Credit Suisse cortou o preço-alvo do IRB (IRBR3) de R$ 7,50 para R$ 5, e reafirmou sua recomendação de underperform (desempenho esperado abaixo da média do mercado) para o papel.
Marcelo Telles, Alonso Garcia, Alonso Amador e Daniel Vaz, que assinam o relatório enviado aos clientes nesta sexta (30), citam o cenário “desafiador” enfrentado pela companhia para justificar o corte do preço-alvo.
Entre os desafios elencados pelo banco, estão a revisão das subscrições de apólices que, embora estejam crescendo, ainda devem pesar na lucratividade do IRB no ano que vem; a reestruturação mais lenta que a prevista; e as taxas de sinistralidade mais elevadas, combinadas com receitas menores, a partir de critérios mais rigorosos dos novos contratos.
Previsões
Com isso, o Credit Suisse estima que o IRB fechará 2021 com prejuízo líquido de R$ 45 milhões, passando para um lucro líquido de R$ 350 milhões no próximo ano. Apesar de voltar para o azul, o resultado implicará um ROE (Retorno sobre Patrimônio Líquido) de 8,7%, considerado “ainda baixo” pelos analistas.
O último componente para o rebaixamento do preço-alvo é o aumento do custo de capital para o acionista, puxado pelo maior risco-Brasil. Considerando-se um múltiplo de 1,6 vez Preço/Valor Contábil, o banco considera que “o valuation corrente já configura um significante aumento de lucratividade”.
“Nosso preço-alvo de R$ 5, por exemplo, embute um ROE de longo prazo de 16,5%, que já considera um incremento na taxa de sinistralidade para o patamar de 70% e uma maior contribuição de receitas financeiras”, explicam os analistas.