IRB contrata Bradesco BBI e Itaú BBA para realizar aumento de capital
O IRB (IRBR3) contratou o Bradesco BBI e o Itaú BBA para estruturar um possível aumento de capital, com o objetivo de se enquadrar nas exigências da Susep (Superintendência de Seguros Privados). Como se sabe, a autarquia detectou insuficiência de recursos do IRB para cobrir as provisões técnicas exigidas.
Segundo o fato relevante divulgado nesta terça-feira (30), a resseguradora afirma que a capitalização “fortalecerá a estrutura de capital do IRB, bem como melhorará sua posição de caixa, à luz da estratégia financeira da companhia para os próximos anos.”
A empresa não informou o montante de recursos que pretende levantar com a capitalização, nem qual será o seu formato. Mas a reapresentação do balanço consolidado de 2019, em que corrige linhas importantes, dão uma pista.
Segundo o balanço reapresentado, os erros e omissões da gestão anterior impactaram o patrimônio líquido da companhia em R$ 696,134 milhões. Assim, o patrimônio originalmente informado era de R$ 4,641 bilhões. Na reapresentação, a cifra baixou para R$ 3,945 bilhões.
As linhas impactadas, na conta do patrimônio líquido, foram a reserva legal de lucros, que diminuiu R$ 27,7 milhões na reapresentação; a retenção de lucros, que encolheu R$ 1,053 bilhão; e a proposta de distribuição de dividendos, de R$ 764,5 milhões, que foi completamente zerada.
Resultados
O lucro líquido do IRB caiu 92% no primeiro trimestre de 2020, a R$ 13,874 milhões, na comparação com o mesmo período do ano passado, informou a resseguradora à CVM nesta terça-feira (30).
Os números de janeiro a março de 2019 foram revisados de R$ 350,427 milhões para R$ 177,895 milhões.
Veja o fato relevante divulgado nesta terça-feira (30).
Veja a reapresentação das demonstrações financeiras de 2019.