BusinessTimes

IRB alega que abriu dados sobre solvência a clientes porque achava que estavam públicos

27 maio 2020, 1:04 - atualizado em 27 maio 2020, 1:04
IRB IRBR3
A resseguradora disse que os dados foram encaminhados à Susep no dia 20 de maio, mas só tornados públicos na madrugada do dia 25 de maio (Imagem: Youtube/IRB)

O IRB (IRBR3) alegou que, por razões alheias ao seu conhecimento, alguns dados sobre a sua solvência financeira não foram publicados ao mercado pela reguladora Susep com a rapidez esperada e que este foi o motivo de terem sido apresentados a alguns clientes pela companhia.

Segundo um comunicado enviado ao mercado nesta terça-feira (26), a resseguradora disse que os dados foram encaminhados à Susep no dia 20 de maio, mas só tornados públicos na madrugada do dia 25 de maio.

O problema, segundo o questionado pela CVM, está no fato de que uma notícia publicada pelo jornal Valor Econômico informava que o IRB teria feito, na semana passada, uma reunião com clientes para explicar que não possui problemas de solvência.

Segundo a apresentação da empresa, em fevereiro, a insuficiência de provisões técnicas que motivou a fiscalização da Susep era de R$
300 milhões que corresponderia a diferença entre a necessidade de provisões de R$ 9,8 bilhões e os R$ 9,5 bilhões em ativos elegíveis para constituí-las.

“A área de clientes do IRB Brasil – que reputava que o FIP já estava, naquele momento, disponível ao público –, encaminhou apresentação para alguns de seus clientes, que continham, entre outras, informações sobre a solvência. Também foram realizadas reuniões com clientes sobre o mesmo tema”, informou a empresa.

O IRB explica, ainda, que a prestação de esclarecimentos é natural e faz parte desse relacionamento comercial.

“Não se tratou de uma apresentação destinada a investidores ou ao mercado em geral. Portanto, tal apresentação nada mais foi do que um maior detalhamento apresentado para seus clientes, dentro de uma relação comercial regularmente estabelecida e no melhor interesse do IRB Brasil RE”.

Veja o documento: