Commodities

Iraque reduz exportação de petróleo em junho, mas produção ainda supera meta da Opep+

29 jun 2020, 16:28 - atualizado em 29 jun 2020, 16:28
Petróleo/Iraque
Os embarques do sul do Iraque nos primeiros 28 dias de junho tiveram média de 2,90 milhões de bpd, segundo dados da empresa de monitoramento de navios-tanque Petro-Logistics (Imagem: REUTERS/Essam Al-Sudani)

As exportações de petróleo do Iraque recuaram quase 9% em junho, com queda de cerca de 310 mil barris por dia (bpd), mostraram dados de embarques e fontes da indústria, o que sugere que o segundo maior produtor da Opep entregou cerca de três quintos dos cortes com os quais se comprometeu no acordo de oferta liderado pela organização de produtores.

Os embarques do sul do Iraque nos primeiros 28 dias de junho tiveram média de 2,90 milhões de bpd, segundo dados da empresa de monitoramento de navios-tanque Petro-Logistics, do Refinitiv Eikon e de uma fonte do setor. Isso representa queda de 200 mil bpd em relação às cifras oficiais de exportação de maio.

“Esse é o menor nível de exportações de Basra em cinco anos”, disse à Reuters o presidente-executivo da Petro-Logistics, Daniel Gerber. “Mas o Iraque ainda precisa cortar mais 300 mil bpd para atingir adesão total ao acordo.”

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, que formam o grupo conhecido como Opep+, iniciaram em maio um acordo para cortes recordes de produção, que visa sustentar os preços do petróleo, fortemente afetados pela crise do coronavírus. Pelo acordo, o Iraque deve reduzir seu bombeamento em 1,06 milhão de bpd.

Os números de junho sugerem que o Iraque está fazendo progresso, mas ainda não cumpriu totalmente seu compromisso. O país disse à Opep+ que vai compensar o excesso de produção registrado em maio e junho por meio de cortes maiores nos meses subsequentes.

Em maio, o Iraque entregou 38% dos cortes prometidos, segundo pesquisa da Reuters, nível muito inferior ao da Arábia Saudita, maior exportadora de petróleo do mundo. Se as exportações de junho se mantiverem estáveis, a aderência terá avançado para 60%, de acordo com cálculos da Reuters.

“Em queda, sim. Mas muito longe de se aproximar da cota”, disse a fonte do setor em relação aos embarques do Iraque em junho.

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