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Irani (RANI3): Ação tem ‘ponto de entrada atraente’ e pode saltar 45%, diz Itaú BBA; é hora de comprar?

20 nov 2024, 10:48 - atualizado em 20 nov 2024, 10:49
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(Imagem: YouTube/Irani Papel e Embalagem S.A.)

O Itaú BBA iniciou a cobertura das ações de Irani (RANI3), com recomendação de outperform (equivalente à compra) e preço-alvo para 2025 de R$ 10 — o que implica uma alta de 44,5%, frente ao fechamento de terça-feira (20).

“Não apenas gostamos da dinâmica de longo prazo para o segmento de papel e embalagens, mas também acreditamos que a Irani está bem posicionada para se beneficiar do momento positivo dos lucros nos próximos trimestres, impulsionado principalmente pelo recente aumento nos preços do papelão ondulado”, dizem.

Edgard de Souza e a equipe de analistas da instituição destacam ainda que a companhia está prestes a ver os benefícios dos investimentos feitos por meio da Plataforma Gaia. Eles esperam maiores volumes e um melhor mix de vendas, resultando em maior Ebitda e Ebitda por tonelada nos próximos anos.

“Acreditamos que há escassez de valor para um ativo puro de papel e embalagens no mercado brasileiro, e que a proposta de avaliação atual parece atraente”, afirmam.

Além disso, o Itaú ressalta que o preço das ações da Irani caiu 35% no acumulado do ano, com desempenho inferior ao Ibovespa (IBOV) em 31 pontos percentuais (p.p.), impulsionado pelo enfraquecimento dos resultados e um declínio no rendimento de dividendos.

“A melhora do momentum dos lucros e uma avaliação atrativa criam um ponto de entrada atraente, pois vemos um aumento atraente de 45% em relação ao nosso preço-alvo YE25 de R$ 10, e a empresa sendo negociada a um EV/Ebitda esperado para 2025 de 4,7x”.

Os analistas ainda antecipam um rendimento de dividendos médio “decente” de cerca de 6% para a companhia e rendimento de fluxo de caixa livre (FCF) de 9% de 2025 a 2027.

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Perspectiva sólida para papel e embalagens

Os analistas do Itaú pontuam que a Irani vem apresentando declínios anuais no Ebitda desde o quarto trimestre de 2023 (4T23), principalmente devido aos preços mais baixos de papel e papelão ondulado, e pelos preços mais altos de papelão reciclado (OCC), após as enchentes no Rio Grande do Sul.

No entanto, eles esperam uma tendência positiva de lucros para a Irani a partir do quarto trimestre deste ano (4T24), apoiada pelo recente aumento nos preços do papelão ondulado e uma potencial redução nos preços do OCC à medida que a oferta se normaliza.

No longo prazo, a equipe da instituição está otimista sobre a dinâmica da indústria de papel e embalagens, considerando as fortes perspectivas de crescimento da demanda.

“Acreditamos que a Irani está bem posicionada para se beneficiar dessas tendências, sendo o único ativo puro de papel e embalagens listado no Brasil”, dizem.