Internacional

Irã leva a sério negociações nucleares com potências mundiais, diz presidente

11 dez 2021, 18:05 - atualizado em 11 dez 2021, 18:05
Juiz Ebrahim Raisi
Uma fonte europeia, sob condição de anonimato, sugeriu na sexta-feira que o Irã concordou em continuar as negociações  (Imagem: Majid Asgaripour/WANA (West Asia News Agency) via REUTERS)

O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, disse, neste sábado, que o Irã leva a sério as negociações nucleares com potências mundiais em Viena, depois que seu principal negociador afirmou que ainda havia discordâncias importantes, informou a mídia estatal.

Conversas indiretas entre EUA e Irã para reviver um acordo nuclear de 2015 estão ocorrendo na capital austríaca. Diplomatas da França, Reino Unido, Alemanha, Rússia e China promovem o diálogo entre os dois lados, uma vez que Teerã recusa o contato direto com Washington.

Uma fonte europeia, sob condição de anonimato, sugeriu na sexta-feira que o Irã concordou em continuar as negociações de onde pararam em junho. As autoridades iranianas negam.

Sob o acordo original, abandonado em 2018 pelo então presidente dos EUA, Donald Trump, o Irã limitou seu programa nuclear em troca de alívio das sanções dos EUA, União Europeia e ONU.

“O fato de termos apresentado o texto da proposta do Irã às partes negociadoras mostra que levamos a sério as negociações e, se o outro lado também levar a sério a remoção das sanções (dos EUA), chegaremos a um bom acordo”, afirmou Raisi, segundo a agência de notícias Irna.

Mas o principal negociador do Irã para a questão nuclear disse, neste sábado, que várias questões permanecem sem solução nas negociações de Viena.

“Permaneceram vários pontos de diferença que exigem tomadas de decisão em alto nível e ainda estão sem solução”, disse Ali Bagheri Kani à rede de televisão estatal.

Um ano após a reimposição de sanções ao Irã por Trump, Teerã começou a violar gradualmente os limites nucleares do acordo. O Irã quer a suspensão de todas as sanções.

Bagheri Kani disse à Reuters na sexta-feira que Teerã se mantém firme na posição apresentada na semana passada.