Internacional

Irã afirma que apenas os sírios podem decidir destino de seu país

08 dez 2024, 13:59 - atualizado em 08 dez 2024, 13:59
síria irã
(Imagem: Pixabay)

O destino da Síria é de responsabilidade única do povo sírio e deve ser buscado sem imposição ou intervenção estrangeira, disse o ministro das Relações Exteriores do Irã neste domingo (8), depois que o aliado iraniano Bashar al-Assad foi derrubado por rebeldes.

O Irã gastou bilhões de dólares sustentando Assad durante a guerra civil síria que eclodiu em 2011, além de mobilizar sua Guarda Revolucionária para manter o aliado no poder e preservar o “Eixo de Resistência” de Teerã contra Israel e a influência dos EUA no Oriente Médio.

Após a queda de Assad, o Ministério das Relações Exteriores do Irã pediu por diálogo nacional na formação de um governo inclusivo que representasse todos os segmentos da sociedade síria.

“Não vamos poupar esforços para ajudar a estabelecer segurança e estabilidade na Síria e, para isso, continuaremos as consultas com todas as partes influentes, especialmente na região”, acrescentou o Ministério das Relações Exteriores.

Os laços de Teerã com Damasco permitiram ao Irã expandir sua influência por meio de um corredor terrestre que vai da fronteira ocidental, passando pelo Iraque, até o Líbano, para levar suprimentos ao Hezbollah.

O arquirrival do Irã na região, o primeiro-ministro israelense Benyamin Netanyahu, declarou que a derrubada de Assad foi um “dia histórico” e resultado direto dos golpes infligidos por Israel ao Irã e ao Hezbollah, do Líbano, que haviam sido os mais firmes aliados de Assad.

Na manhã de domingo, invasores reviraram móveis e documentos na embaixada iraniana em Damasco, de acordo com imagens compartilhadas pelo canal al-Arabiya, da Arábia Saudita.

A Reuters não pôde verificar os vídeos.

Esmaeil Baghaei, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, afirmou que os funcionários da embaixada haviam desocupado o prédio antes de qualquer ataque e que todos os diplomatas estavam em boas condições de saúde.

“A República Islâmica, em contato com as partes responsáveis pelos recentes acontecimentos na Síria, alertou sobre essa questão [a invasão da embaixada] e pediu a prevenção da repetição de tais ataques”, disse Baghaei.

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reuters@moneytimes.com.br
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