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IPOs em setor de veículos elétricos podem captar US$ 100 bi até 2023, diz BofA

25 nov 2021, 16:24 - atualizado em 25 nov 2021, 16:24
Carro Eletrico
Montadoras de veículos elétricos caíram no gosto de investidores no ano passado, e ações do setor mostram altas impressionantes  (Imagem: Pixabay/IsmaelMarder)

A iniciativa mundial rumo à eletrificação leva a uma onda de ofertas públicas iniciais no mercado de veículos elétricos que podem levantar cerca de US$ 100 bilhões nos três anos até o fim de 2023, segundo o Bank of America.

Os crescentes investimentos no setor, que incluem baterias a estações de recarga de veículos, devem incentivar cisões de unidades e IPOs, disse Patrick Steinemann, codiretor do Global Mobility Group Investment Banking do Bank of America.

“Já estamos em uma onda que terá até US$ 100 bilhões em receitas de IPO sendo levantadas no espaço da eletrificação, em toda a cadeia de valor de VEs (veículos elétricos), baterias e recarga”, disse Steinemann em entrevista.

O maior IPO de 2021 até o momento ocorreu justamente nesse setor: a fabricante de caminhões elétricos Rivian Automotive captou US$ 13,7 bilhões em listagem nos Estados Unidos no início do mês, e ação já acumula alta de 47% em relação ao preço de oferta.

Montadoras de veículos elétricos caíram no gosto de investidores no ano passado, e ações do setor mostram altas impressionantes em meio a apostas na crescente demanda por carros menos poluentes. O papel da líder Tesla quase dobrou de valor nos últimos 12 meses e bilhões foram levantados por meio de IPOs e ofertas secundárias de ações.

A BYD, fabricante chinesa de automóveis e baterias, no mês passado captou US$ 1,8 bilhão por meio de uma oferta de ações em Hong Kong, a segunda desse tipo neste ano. Em janeiro, a empresa, que tem Warren Buffett entre os investidores, levantou outros US$ 3,9 bilhões vendendo novas ações.

A crescente demanda por carros elétricos deve levar a maiores investimentos por parte de empresas que fabricam baterias para veículos não poluentes.

A expectativa é que as 10 maiores fabricantes de baterias quase tripliquem a capacidade de produção até 2022 para atenderem compromissos de fornecimento no futuro e se posicionarem para um aumento da demanda, de acordo com a BloombergNEF.