IPOs: 2 pontos para entender se empresas vão à Bolsa em 2023
O ano de 2023 não deve trazer nenhum IPO para o mercado devido à alta taxa de juros e à aversão ao risco dos investidores, aponta Gustavo Gomes, especialista de Renda Variável e sócio da Acqua Vero Investimentos.
Conforme o especialista em renda variável, “nós vimos um movimento muito grande de IPOs de 2018 até 2020, mas poucas empresas foram abertas desde então”, avalia.
Houve apenas um IPO em 2021, da CSN Mineração (CMIN3), e nenhum em 2022. Isso porque, com os juros elevados, o custo para abrir capital aumenta muito, explica Gomes.
“Ao estrear na Bolsa, a empresa se torna um ativo de risco, e os investidores estão evitando esse tipo de produto em um cenário de juros altos”, conta o especialista.
O economista e sócio da DOM Investimentos, Thiago Calestine concorda que a perspectiva para IPOs em 2023 é bastante difícil, mas não descarta a possibilidade de um spin-off.
A operação de spin-off ocorre quando uma empresa estreia no mercado a partir da dissidência de outra que já tem capital aberto, como é o caso da CSN Mineração e de sua controladora CSN (CSNA3).
Celestine acha “mais provável ver esse tipo de movimento” do que uma companhia fechada abrindo o capital do início.
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